Elon Musk pode te impedir de entrar no seu próprio Tesla
Elon Musk pode te impedir de entrar no seu próprio Tesla. Veja quais "poderes" a empresa pode ter sob os proprietários dos veículos da marca.
A Empresa de Elon Musk pode controlar várias funções remotamente, levantando questões importantes sobre privacidade e controle do proprietário. Um caso recente, assim como as funcionalidades dos veículos Tesla, sugerem que, em circunstâncias, a companhia pode, de fato, impedir o acesso ao seu próprio carro.
Elon Musk pode te impedir de entrar no seu próprio Tesla
A Tesla se destaca pela sua conectividade avançada. Seus carros recebem atualizações remotas e podem ter funcionalidades alteradas pela empresa mesmo sem consentimento do proprietário.
A empresa de Elon Musk ainda pode restringir o uso da bateria caso o proprietário deixe de pagar a assinatura mensal. Além disso, a Tesla pode, em teoria, trancar as portas de um carro em caso de atraso no pagamento das prestações.
Ocorre que para operar qualquer um desses recursos com eficiência, o próprio carro monitora e coleta uma grande quantidade de dados sobre os motoristas e a forma de condução.
A maioria dos carros da marca são equipados com nove câmeras internas e externas, rastreadores de localização, sensores e outros recursos. Toda essa parafernalha serve para criar um panorama detalhado da sua vida e dos seus movimentos.
“A Tesla é uma verdadeira plataforma móvel de vigilância”, disse John Davisson, advogado sênior e diretor de contencioso do grupo de pesquisa de direitos digitais Electronic Privacy Information Center.
“A Tesla oferece algumas salvaguardas de privacidade que, pelo menos, permitem que você, com base nas configurações, opte por não compartilhar dados… desde que a Tesla esteja realmente cumprindo esses compromissos.”
Tecnologia usada para o mal (dos proprietários)
Em outras palavras, um carro Tesla é praticamente uma plataforma móvel de inteligência, que utiliza os dados para o bem e para o mal.
Recentemente um proprietário de um Model Y processou a Tesla após notar que o hodômetro de seu carro usado, com 59 mil km rodados, registrava distâncias excessivas. Ele dirigia 32 km por dia, mas o hodômetro marcava 116,4 km.
Ao atingir os 80 mil km, a Tesla se recusou a realizar serviços de garantia, alegando que o carro estava fora da cobertura. Segundo a Business Standard, a ação alega que a Tesla usa algoritmos preditivos e métricas de consumo de energia para inflar as leituras do hodômetro, potencialmente em até 117% para reduzir as obrigações de garantia.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
