Eleições 2022 e inflação devem afetar política de preços da Petrobras, dizem analistas

De acordo com especialista, a política de preços da Petrobras pode ser influenciada por questões como as eleições 2022 e a inflação, veja.

Além do conflito entre Rússia e Ucrânia, as eleições presidenciais desse ano e a inflação pode influenciar a política de preços da Petrobras, entenda os detalhes.

Eleições 2022 e inflação também devem influenciar política de preços da Petrobras (Foto: Pixabay)

Política de preços da Petrobras pode ter influência de eleições e inflação

A última vez que a Petrobrás reajustou o preço dos combustíveis foi dia 12 de janeiro. Porém, com o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, ação que fez o preço do barril de petróleo tipo Brent ultrapassar os US$ 100, o mercado está apreensivo para saber como ficará o preço final do combustível para o mercado nacional. No entanto, de acordo com especialistas, fatores como eleições 2022 e a inflação, também devem entrar na conta de influências do reajuste.

Diante desse cenário, é preciso lembrar que, a Petrobrás mantém uma defasagem de R$ 0,40 por litro de combustível. Para Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, a empresa não vem conseguindo cumprir a política de paridade, conforme explicou ele à CNN.

“A gente está falando de um cenário em 2022 que começa a aumentar a inflação, a expectativa do mercado continua aumentando, e o cenário de eleição dificulta um possível desempenho do presidente para se reeleger”, explica o especialista.

Guerra no leste europeu pode acelerar novas políticas públicas sobre o preço dos combustíveis no Brasil

Ainda sobre o preço dos combustíveis, em comentário à CNN Brasil, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, a empresa deve se beneficiar da flutuação do mercado atual, tendo em vista que também é uma exportadora do óleo.

“Eu espero que mantenha [a paridade], mas se for para um preço estratosférico, o que é factível e vira uma excepcionalidade, eu acredito que o mundo inteiro não vai querer repassar o preço para o consumidor”, disse o especialista à CNN.

Além disso, para ele, o conflito que acontece no leste europeu pode acelerar as discussões de políticas que visam conter o aumento dos combustíveis.

Empresa não reajusta preços desde 12 de janeiro (Foto: Divulgação)

Aproveite e veja também: Renault Sandero 2022 tem preços acessíveis com visual modernizado

Senado votará no próximo dia 8 pautas que visam conter o aumento dos combustíveis

O Senado decidiu adiar a votação dos dois projetos de lei que trazem medidas para controlar a escalada dos preços de combustíveis para a primeira sessão depois do Carnaval, no dia 8 de março — o PLP 11/2020, que determina alíquota unificada e em valor fixo para o ICMS sobre combustíveis em todo o país, e o PL 1472/2021, que cria uma conta para financiar a estabilização dos preços.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator de ambos os projetos, apresentou novos substitutivos antes da sessão deliberativa que aconteceu no último dia 23 de fevereiro. A mudança mais significativa se deu no PL, que abandonou a criação de um novo imposto sobre as exportações de petróleo bruto.

No PLP, Jean Paul, acrescentou previsão de que mudanças na alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) deverão antecipar estimativas de evolução dos preços dos combustíveis, para evitar aumento do peso proporcional do imposto sobre o valor final do produto.

Senado votará sobre PL de redução de combustível dia 08 de março (Foto: Pixabay)

Com informações: CNN Brasil e Agência Senado

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

wpDiscuz
Sair da versão mobile