Elas conseguiram! Depois de muita pressão Governo cede o retorno de taxação de carro elétrico no Brasil

Após longas discussões e uma grande pressão das montadoras que produzem veículos eletrificados em território nacional, o Governo Federal finalmente cedeu quanto à volta das taxações para automóveis importados.

O objetivo dessa taxação é garantir que a produção local seja mais valorizada, porque, de acordo com as montadoras, a importação isenta de taxas pode desfavorecer a produção local e os valores para a comercialização dos automóveis elétricos e híbridos.

Foto: divulgação / BYD

Montadoras colocam pressão no Governo para volta das taxas para importação de veículos elétricos e híbridos

Se você é apaixonado pelo setor automotivo, não há qualquer dúvida em dizer que o mercado de carros elétricos e híbridos está crescendo cada vez mais. A busca por esse tipo de veículo é enorme, afinal, fatores como a autonomia e a economia caem como grandes diferenciais.

Contudo, o Governo Federal havia tomado uma decisão em relação à isenção de taxas para a importação  desse tipo de automóvel. Ou seja, mesmo quem optava por comprar um veículo elétrico vindo de fora do Brasil não precisava se preocupar com possíveis impostos sobre o valor da importação.

Por outro lado, as montadoras que produzem veículos eletrificados nacionalmente não ficaram muito satisfeitas com a decisão. De acordo com elas, a ausência desses impostos de importação prejudica a comercialização local.

porquê? Bem, ainda segundo as montadoras, teoricamente, a importação poderia garantir preços inferiores aos dos veículos montados e comercializados nacionalmente. Isso porque a produção nacional também conta com impostos, como é o caso do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

Governo volta atrás na decisão e anuncia volta dos impostos

Após a grande pressão das montadoras quanto à volta dos impostos de importação, o Governo Federal decidiu atender ao pedido delas e trazer de volta os impostos. Porém, agora, a alíquota será variada de acordo com o tipo de automóvel.

Outro ponto importante é que a volta acontecerá de forma gradativa. Ou seja, não é como se os impostos fossem de 0 a 100 de forma totalmente imediata. Isto é, a incidência dos impostos voltará a ser aplicada aos poucos.

Assim, com essa nova decisão, é possível que a tributação total ainda leve alguns anos para começar a valer totalmente. Até lá, os consumidores poderão contar com uma porcentagem gradativa.

Foto: divulgação / Audi

Porcentagem de impostos é distinta para cada categoria

Assim como dito, a porcentagem de impostos também irá variar de acordo com a categoria a qual o veículo está inserido. Ao todo, eles estão divididos em quatro categorias distintas. São elas:

  1. carros totalmente elétricos;
  2. carros híbridos (com baterias que recarregam nas freadas e/ou no funcionamento do motor – a combustão) ;
  3. carros híbridos plug-in (movidos à combustíveis fósseis e/ou recarregados na tomada;
  4. automóveis elétricos que servem para transporte de carga (como caminhões elétricos, por exemplo)

Em cada um dos casos, os impostos ficarão da seguinte maneira:.

  1. 10% de Imposto de Importação a partir de janeiro de 2024; 18% a partir de julho de 2024; 25% a partir de julho de 2025; 35% a partir de julho de 2026;
  2. 12% a partir de janeiro de 2024; 25% a partir de julho de 2024; 30% a partir de julho de 2025; 35% a partir de julho de 2026;
  3. 12% a partir de janeiro de 2024; 20% a partir de julho de 2024; 28% a partir de julho de 2025; 35% a partir de julho de 2026;
  4. 20% em janeiro de 2024 e 35% em julho de 2024.
Foto: divulgação / GWM

Veja como fica a questão das cotas

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) informou que a portaria oficial com a distribuição de cotas para as compras realizadas no exterior (em relação à isenção) só será publicada em dezembro.

Ainda de acordo com o Mdic, a pretensão do Governo é preservar a possibilidade do atendimento aos novos importadores, mas ainda garantir que a indústria nacional de produção dos veículos elétricos e híbridos possa se desenvolver.

Com essa decisão, as cotas ficarão da seguinte forma:

  1. para elétricos – US$ 283 milhões até junho de 2024; US$ 226 milhões até junho de 2025; US$ 141 milhões até junho de 2026;
  2. para híbridos – cotas de US$ 130 milhões até junho de 2024; US$ 97 milhões até junho de 2025; US$ 43 milhões até junho de 2026;
  3. para híbridos na categoria plug-in – cotas de US$ 226 milhões até junho de 2024; US$ 169 milhões até julho de 2025; US$ 75 milhões até junho de 2026;
  4. para veículos de carga – US$ 20 milhões de até junho de 2024; US$ 13 milhões até junho de 2025; US$ 6 milhões até junho de 2026.

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Foto: divulgação / BYD

 

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