As paralisações nas fábricas automotivas podem acabar. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, falou sobre como a redução de impostos anunciada pelo governo pode ser benéfica para o setor automotivo.
Fim das paralisações de fábricas automotivas
Para o Márcio Lima, as montadoras já estão se movimentando para aumentar a produção de seus veículos em solo brasileiro.
“Nós tivemos notícias de três fábricas que suspenderam lockdowns [paralisação dos trabalhos por falta de demanda] que estavam previstos. O efeito [da redução dos impostos] é imediato [e isso explica] a urgência dessas medidas”, disse, em entrevista, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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Segundo estimativas da Anfavea, as medidas anunciadas pelo governo podem render um aumento na produção de cerca de 300 mil veículos. Vale ressaltar que elas ainda não foram anunciadas em sua totalidade.
“Essas medidas podem impactar o mercado entre 200 ou 300 mil unidades, mas depende, porque nós ainda não conhecemos todas as regras. Mas não seria muito difícil imaginar algo em torno de 200 mil a 300 mil unidades dependendo de como vai ser essa composição que será anunciada”, acentuou.
Segundo Márcio, o corte na tributação não irá afetar a tecnologia empregada nos veículos, dessa forma não deve haver redução nos recursos de segurança e nos cuidados ambientais.
“Os itens de segurança obrigatórios, que foram uma grande conquista para o consumidor e para a sociedade, eles estão mantidos. Não há qualquer flexibilidade em relação à segurança veicular. Igualmente, não há qualquer flexibilidade quanto à questão ambiental e há um estímulo em caráter social em função do preço do veículo“, ressaltou.
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Fim dos lockdowns
Algumas empresas programaram uma série de lockdowns, como evidenciado há alguns meses atrás. Certas montadoras paralisaram suas atividades por conta de uma série de problemas, como falta de insumos, alto custo de produção ou falta de mão de obra especializada.
O presidente da Anfavea afirmou não estar autorizado a revelar o nome dessas empresas, mas já registrou 14 paralisações de fábricas neste ano.
“Estamos com 50% de capacidade ociosa. É um momento realmente de recuperação da indústria. Esse fenômeno não aconteceu apenas no Brasil, é um fenômeno global, mas principalmente no Brasil as taxas de juros acabaram contribuindo muito para a redução do mercado”, conclui.
Com informações: Agência Brasil