Direitos e deveres dos motoristas com os carros elétricos

Ter um carro elétrico traz diversos benefícios, porém, também há responsabilidades. Veja os direitos e deveres dos motoristas.

A frota de carros elétricos no Brasil cresce cada vez mais. Porém, com o aumento da quantidade de veículos eletrificados em circulação no país, é necessário recapitular os direitos e deveres de quem possui um modelo com motor 0 emissão de carbono.

Ter um carro elétrico traz diversos benefícios, porém, também há responsabilidades. Veja os direitos e deveres dos motoristas (Foto: Freepik)

Direitos e deveres dos motoristas: carro elétrico pode trazer benefício, mas não podemos esquecer das regras de boa convivência

Recentemente a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a ABVE, divulgou que o mercado nacional superou a frota de 100 mil eletrificados, dado composto por carros 100% elétricos, híbridos plug-in e híbridos leves.

Ainda de acordo com a entidade, somente esse ano mais de 23 mil veículos eletrificados foram emplacados.

“Precisamos de uma política nacional de eletromobilidade, ou seja, de políticas públicas alinhadas e coordenadas entre o governo federal e os governos estaduais e municipais para incentivar a transição do veículo a combustão para o veículo elétrico”. Destacou o presidente da ABVE, Adalberto Maluf.

No entanto, ao mesmo tempo em que um motorista de carro elétrico pode (e deve) reivindicar determinados direitos, os deveres também carecem de serem lembrados.

Os benefícios dos carros elétricos

Além das questões ambientais, a não necessidade de se preocupar com o abastecimento do carro e demais características já conhecidas dos veículos elétricos, os modelos também contam com alguns benefícios, como a isenção de impostos.

O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA, é um bom exemplo. Em determinados estados da federação os carros elétricos e híbridos recebem isenções totais ou parciais, como é o caso de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Ceará.

Além dele, circula no Congresso o PL 5308/20 que visa isentar os veículos eletrificados do IPI, o Imposto sobre Produto Industrializado.

Fora os impostos, o condutor também deve estar atento aos projetos que visam ampliar a infraestrutura de pontos de carregamento.

Hoje, uma das principais dificuldades de ter um modelo que não depende do abastecimento de combustíveis tradicionais é justamente a falta de pontos de recarga pelo país, o que impede uma viagem mais longa, por exemplo.

Novos projetos são desenvolvidos tanto pela iniciativa pública, bem como pela privada.

E os deveres?

Ao decidir investir em um carro elétrico é comum desenvolver uma estrutura residencial para o carregamento do modelo, como a instalação de um Wallbox, por exemplo. No entanto, a frequência de uso de pontos de recarga públicos também é constante.

Porém, não se esqueça que assim como todo bem de uso coletivo, os carregadores instalados em pontos estratégicos das cidades como supermercados, shoppings, estacionamentos e até mesmo em postos de combustíveis devem ser preservados.

Além disso, lembre-se da política de boa vizinhança e não trate o equipamento como de uso exclusivo seu.

Durante o período de teste com o BYD TAN  EV, SUV 100% elétrico de sete lugares da montadora chinesa, a reportagem do Garagem360 sentiu de perto as dificuldades de encontrar pontos de recarga realmente eficientes.

Conheça os detalhes do BYD TAN EV (Foto: Nicole Santana / Garagem360)

Dentro da cidade de São Paulo, os carregadores gratuitos são em sua maioria de carregamento lento, de 7 kWh. Nesse caso, o carro apontava 13 horas para um carregamento total.

A saída foi apostar em pontos de carregamento rápido. Logo, partimos para o posto de combustível da Shell no bairro do Limão, Zona Norte da capital paulista. O estabelecimento conta com o primeiro ponto de recarga rápida de carros elétricos, onde o tempo para  atingir a autonomia total caiu para cerca de 3 horas.

Porém, como um dos únicos pontos de carregamento rápido disponíveis na região, todas as vezes em que foi necessário realizar o carregamento, o local estava em uso.

Claro que situações como essas ainda são comuns. Por isso, é necessário contar com o bom senso dos demais motoristas de carros elétricos para entender que o bem deve ser compartilhado.

Por sorte, na situação vivenciada bastou uma simples troca de diálogos para que a sensatez fosse preservada.

Nesse caso, a reportagem, bem como os demais proprietários dos veículos na fila para o uso do equipamentos concordaram em carregar somente a autonomia necessária para que o tempo de espera não fosse estendido de forma desnecessária.

O eletroposto de recarga rápida para carros elétricos tem um custo de R$ 1,95 por kWh, e um tempo de recarga de 35 minutos (Foto: Divulgação)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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