Dicas para comprar carro de luxo usado sem passar perrengue depois

Se o modelo que você tem em mente é um carro de luxo usado, tenha em mente algumas dicas para não passar perrengue depois.

O carro usado está em alta no mercado nacional. Segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nos oito primeiros meses do ano, foram vendidos mais de 5,9 milhões desses veículos.

Trata-se de um aumento de 5,64% em relação ao mesmo período de 2022. Se o modelo que você tem em mente é um carro de luxo, tenha em mente algumas dicas para não passar perrengue depois.

5 dicas para não cair numa roubada ao comprar carro de luxo usado

Comprar “restos de rico”, como o Porsche Panamera 2015, pode ser uma grande roubada (Foto: Divulgação/Porsche)

Estamos falando daquilo que o mercado convencionou chamar de “restos de rico”. Isto é, carros de luxo que, após alguns anos de uso, voltam para o mercado com preços atrativos.

Hoje em dia, vivemos a febre dos SUVs que, em suas versões de entrada, tendem a custar mais de R$ 100 mil por um nível básico de equipamentos. Quem é que não gostaria de gastar esse mesmo valor por um carro de luxo, que entrega mais conforto, tecnologia e potência?

Mas, muitos consumidores esquecem de alguns fatores importantes na hora de escolher um veículo, como, por exemplo, o custo para mantê-lo“, alerta Yago Almeida, sócio-fundador da Olho no Carro.

Ao cogitar a compra de um carro de luxo usado, é necessário ter em mente o que isso representa financeiramente no curto, médio e longo prazos.

O comprador deve se preparar, não apenas analisando o histórico do veículo e o valor pelo qual o mesmo está sendo ofertado, mas entendendo também os custos de seguro e manutenção, que tendem a ser elevados se comparado a veículos mais básicos.

Plataformas de consulta veicular como a Olho no Carro podem ajudar com isso.

Apenas com a placa ou o número do chassi, o site consegue analisar aproximadamente 30 itens sobre o veículo.

Em poucos minutos, é possível saber informações como os preços de peças, as principais falhas que o modelo apresenta e avaliações de donos de veículos iguais.

Com relação ao histórico, a plataforma também oferece comparativos, quilometragem e informações sobre se o veículo já foi roubado, teve passagem por leilão ou possui alguma pendência legal.

Alguns desses serviços são oferecidos de forma gratuita, outros são pagos – o pacote completo de informações sai por R$ 64,90.

Especialistas da empresa elaboraram uma lista com cinco itens que devem ser  evitados por aqueles que não querem passar perrengue com os “restos de rico”:

1- Suspensão de ar da Land Rover

Modelos da marca com suspensão pneumática, como o Land Rover Discovery 3, devem ser evitados (Foto: Divulgação/Land Rover)

Que a marca Land Rover é conhecida por ter carros de alto custo de manutenção, isso é fato.

No entanto, com um design único, os modelos da montadora inglesa caíram no gosto dos brasileiros. 

Os problemas que o dono de um Land Rover usado pode enfrentar são diversos, como a troca da correia dentada dos modelos Discovery 3 e 4.

Porém, o maior abalo financeiro acontece quando é preciso trocar as bolsas de ar dos modelos equipados com suspensão pneumática.

2- Transmissão de dupla embreagem da Volvo

Volvo XC60 pode causar dor de cabeça por conta da dupla embreagem (Foto: Divulgação/Volvo)

O modelo Volvo XC60, que hoje tem versões eletrificadas, fez muito sucesso e ajudou a consolidar a marca sueca de luxo como uma das mais desejadas no Brasil.

Porém, os exemplares vendidos até 2014 na versão 2.0 de quatro cilindros são equipados com a transmissão automatizada de dupla embreagem conhecida como Powershift. 

Esse equipamento já causou, e ainda pode causar, muitas dores de cabeça para proprietários do modelo, pela alta probabilidade de apresentar problema e pelo seu alto custo de substituição.

3- Motor N46 da BMW

BMW 320i 2012 é um dos modelos equipados com o problemático motor N46 (Foto: Divulgação/BMW)

Com um visual mais agressivo, a BMW chama a atenção de muitos entusiastas por carros. Ainda assim, é preciso tomar alguns cuidados na hora de comprar um veículo usado da marca. 

Entre os anos de 2010 e 2012, os modelos 320i, 120i e X1 tinham a opção do motor 2.0 aspirado conhecido como N46.

Acontece que esse motor apresenta um defeito na vedação da tampa e dos retentores de válvulas, que pode desencadear um vazamento de óleo e, em consequência, diversos outros problemas que certamente causarão dor de cabeça para o dono desse carro de luxo usado.

4- Motor M271 da Mercedes-Benz

Mercedes-Benz C-250, com o motor M271, pode causar dores de cabeça (Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

A Mercedes-Benz está no topo da lista dos sonhos de muitos motoristas, principalmente por causa do seu visual mais clássico.

No entanto, é aconselhável prestar uma atenção especial quando o assunto é o motor M271, que equipou diversos modelos entre os anos de 2008 e 2013 – como no caso do C180, do C200 e do C250. 

O motor em questão pode apresentar um desgaste prematuro nas engrenagens do comando de válvulas e gerando um prejuízo de grande monta para seus donos.

5- Qualquer carro de luxo usado da Porsche

Modelos da Porsche, como o SUV Cayenne, têm custo de manutenção altíssimo (Foto: Divulgação/Porsche)

O apelo esportivo dos modelos da Porsche é um grande atrativo para muitos compradores. No entanto, não é apenas o design que vai para um lado mais esportivo, as peças também têm a mesma pegada. 

Desenvolvidas com materiais nobres e muita tecnologia, as peças que equipam os modelos da Porsche têm um valor absurdamente mais alto em relação a todas as outras marcas citadas nesta relação.

Caso haja necessidade de substituí-las, um rombo no orçamento será inevitável. 

Aproveite e confira: Quanto custa alugar um carro de luxo? Preço de 5 sonhos de consumo

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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