Dicas de manutenção: hábitos comuns que prejudicam vida útil dos automóveis

Hábitos comuns entre os motoristas vão na contramão do indicado e podem gerar problemas graves, deixando em risco a vida útil dos automóveis

Ao contrário do que possa parecer, cuidar corretamente de um automóvel não é tarefa fácil. Para garantir a vida útil vida útil dos automóveis e a saúde do veículo, existem diversos detalhes que devem ser seguidos à risca pelos proprietários.

No entanto, alguns hábitos comuns entre os motoristas vão na contramão do indicado e podem gerar problemas graves para o bom funcionamentos do carro. Saiba mais a seguir e proteja seu carro.

(Foto: Pinterest

Atenção aos maus hábitos corriqueiros que acabam colocando em risco a vida útil dos automóveis

De acordo com Marcos Marques – coordenador de Vendas Aftermarket da Fuchs – é comum ouvir queixas sobre determinados veículos ou marcas, mas a verdade é que as montadoras disputam o mercado com as mesmas tecnologias.

Ele completa que não existem veículos ruins ou mal projetados, o que existe é a falta de informação no cuidado com os veículos, bem como a inexperiência de alguns condutores com relação às diferenças de cada modelo.

“Quando as falhas começam a surgir, diversos culpados são apontados, enquanto os hábitos passam despercebidos pela maioria”, alerta o coordenador de vendas da Fuchs (fabricante independente de lubrificantes e de produtos relacionados).

Além de entender as particularidades do carro que dirige, é fundamental que o proprietário deixe de executar ações simples e que danificam diariamente o sistema veicular. Entre essas ações está o costume de ligar o veículo e sair logo em seguida:

“Isto prejudica drasticamente os componentes internos do motor, uma vez que o maior desgaste das peças ocorre na primeira partida do dia, quando o lubrificante está no cárter e as peças sem a lubrificação adequada”, afirma Marques.

(Foto: reprodução)

Importância dos lubrificantes

Pelo motivo citado acima, é importante, após a ignição, aguardar alguns segundos para que o lubrificante seja bombeado por todas as galerias e efetue o ciclo completo para proteção das peças. 

O recomendado é que, após a partida, se aguarde alguns segundos para sair com o veículo sem dar carga no motor (evitar acelerar de forma brusca).

“Após 10 minutos o sistema já atingiu a temperatura mínima necessária para a proteção adequada do sistema”, explica o especialista. “Isto ressalta o papel essencial executados pelos lubrificantes na proteção do motor, bem como da transmissão, em especial, a automática.”

(Foto: unsplash.com)

O impacto dos lubrificantes no bom funcionamento do veículo

A aplicação de um lubrificante inadequado pode gerar diversos problemas para a vida útil do veículo. O aumento do consumo de combustível é um dos mais perceptíveis.

“No entanto, outros problemas que não são tão visíveis podem ser ainda mais prejudiciais aos veículos, como o desgaste precoce dos componentes internos”, alerta Marques.

“Sem a proteção adequada, além da perda de potência, a má utilização dos lubrificantes pode causar o travamento do motor ou a condenação por completo no caso de uma transmissão automática e gerar uma dor de cabeça ainda maior para o proprietário”, complementa.

( Foto: Petrobrás )

Alerta: não há aditivos automotivos milagrosos!

A utilização de aditivos milagrosos,  que prometem reduzir o consumo e aumentar a potência, também pode ser considerado um dos vilões para os motores. Os lubrificantes adequados contam com a adição da quantidade exata de aditivos que podem melhorar a performance e a proteção do motor. 

“A inclusão de qualquer produto a mais, além de não fazer diferença para o veículo, pode comprometer a composição química do lubrificante e gerar problemas graves para o funcionamento do automóvel”, afirma o coordenador.

Substituição do filtro e o óleo

Por fim, a demora na substituição do filtro e o hábito de completar o reservatório de óleo com produto similar e, muitas vezes, fora das especificações do fabricante também podem acelerar o desgaste das peças, trazendo gastos financeiros que poderiam ser evitados.

(Foto: Pixabay.com)

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

wpDiscuz
Sair da versão mobile