Dicas de manutenção: hábitos comuns que prejudicam vida útil dos automóveis
Hábitos comuns entre os motoristas vão na contramão do indicado e podem gerar problemas graves, deixando em risco a vida útil dos automóveis
Ao contrário do que possa parecer, cuidar corretamente de um automóvel não é tarefa fácil. Para garantir a vida útil vida útil dos automóveis e a saúde do veículo, existem diversos detalhes que devem ser seguidos à risca pelos proprietários.
No entanto, alguns hábitos comuns entre os motoristas vão na contramão do indicado e podem gerar problemas graves para o bom funcionamentos do carro. Saiba mais a seguir e proteja seu carro.
Atenção aos maus hábitos corriqueiros que acabam colocando em risco a vida útil dos automóveis
De acordo com Marcos Marques – coordenador de Vendas Aftermarket da Fuchs – é comum ouvir queixas sobre determinados veículos ou marcas, mas a verdade é que as montadoras disputam o mercado com as mesmas tecnologias.
Ele completa que não existem veículos ruins ou mal projetados, o que existe é a falta de informação no cuidado com os veículos, bem como a inexperiência de alguns condutores com relação às diferenças de cada modelo.
“Quando as falhas começam a surgir, diversos culpados são apontados, enquanto os hábitos passam despercebidos pela maioria”, alerta o coordenador de vendas da Fuchs (fabricante independente de lubrificantes e de produtos relacionados).
Além de entender as particularidades do carro que dirige, é fundamental que o proprietário deixe de executar ações simples e que danificam diariamente o sistema veicular. Entre essas ações está o costume de ligar o veículo e sair logo em seguida:
“Isto prejudica drasticamente os componentes internos do motor, uma vez que o maior desgaste das peças ocorre na primeira partida do dia, quando o lubrificante está no cárter e as peças sem a lubrificação adequada”, afirma Marques.
Importância dos lubrificantes
Pelo motivo citado acima, é importante, após a ignição, aguardar alguns segundos para que o lubrificante seja bombeado por todas as galerias e efetue o ciclo completo para proteção das peças.
O recomendado é que, após a partida, se aguarde alguns segundos para sair com o veículo sem dar carga no motor (evitar acelerar de forma brusca).
“Após 10 minutos o sistema já atingiu a temperatura mínima necessária para a proteção adequada do sistema”, explica o especialista. “Isto ressalta o papel essencial executados pelos lubrificantes na proteção do motor, bem como da transmissão, em especial, a automática.”
O impacto dos lubrificantes no bom funcionamento do veículo
A aplicação de um lubrificante inadequado pode gerar diversos problemas para a vida útil do veículo. O aumento do consumo de combustível é um dos mais perceptíveis.
“No entanto, outros problemas que não são tão visíveis podem ser ainda mais prejudiciais aos veículos, como o desgaste precoce dos componentes internos”, alerta Marques.
“Sem a proteção adequada, além da perda de potência, a má utilização dos lubrificantes pode causar o travamento do motor ou a condenação por completo no caso de uma transmissão automática e gerar uma dor de cabeça ainda maior para o proprietário”, complementa.
Alerta: não há aditivos automotivos milagrosos!
A utilização de aditivos milagrosos, que prometem reduzir o consumo e aumentar a potência, também pode ser considerado um dos vilões para os motores. Os lubrificantes adequados contam com a adição da quantidade exata de aditivos que podem melhorar a performance e a proteção do motor.
“A inclusão de qualquer produto a mais, além de não fazer diferença para o veículo, pode comprometer a composição química do lubrificante e gerar problemas graves para o funcionamento do automóvel”, afirma o coordenador.
Substituição do filtro e o óleo
Por fim, a demora na substituição do filtro e o hábito de completar o reservatório de óleo com produto similar e, muitas vezes, fora das especificações do fabricante também podem acelerar o desgaste das peças, trazendo gastos financeiros que poderiam ser evitados.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.