Dicas de como ir bem na prova da habilitação; saiba o que pode te ajudar

Veja como ir bem na prova da habilitação. Lembre-se dos cuidados necessários, e veja o sistema de pontuação.

Conquistar a primeira CNH é o sonho de muito jovem. No entanto, é preciso estar preparado para a realização do teste prático, momento que pode assustar muito condutor. Para isso, confira algumas dicas para ir bem na prova da habilitação.

Veja dicas de como ir bem na prova da habilitação (Foto: Divulgação)

A conquista da CNH: veja dias para ir bem na prova da habilitação

Comprar um carro e sair dirigindo estrada afora pode ser o desejo de muito jovem que acabou de completar a maioridade. No entanto, para que o desejo se torne realidade, é necessário passar pelo processo de emissão da CNH, a Carteira Nacional de Habilitação.

O processo de emissão do documento é composto por avaliação médica e psicológica, além dos testes teóricos e práticos. Porém, é esse último pode ser o vilão de muito aluno, que pode ser prejudicado inclusive, pelo nervosismo.

Dito isso, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, o Detran, listou algumas dicas e orientações valiosas para ajudar os candidatos que realizam o exame prático de direção.

Como é feita a avaliação do Detran

Os examinadores avaliam se os candidatos à habilitação possuem condições para atuarem no trânsito sem fornecer riscos aos demais habilitados, passageiros e pedestres.

“A CNH não é um direito do cidadão, ela é uma concessão. O documento é concedido em confiança aos conhecimentos e habilidades demonstradas. Daí a importância do futuro motorista se dedicar ao máximo durante todo o processo”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

Rosana Néspoli, gerente da Escola Pública de Trânsito (EPT), do Detran.SP, ainda reforça que o exame prático é o último momento da avaliação do candidato, onde tudo ainda está sendo feito em ambiente laboratorial, monitorado.

Néspoli  afirma que ele é uma maneira do órgão executivo de trânsito ter a garantia de que até aquela etapa o candidato conseguiu demonstrar o domínio e suas habilidades para a condução de veículo.

Os detalhes que o candidato deve observar no momento da prova

Durante o teste o candidato deve demonstrar equilíbrio, capacidade de manobra, uso adequado de sinalização, reflexo diante de obstáculos e habilidade de troca de marcha.

Durante o período, o condutor que está sendo submetido ao teste passará por pelo menos quatro cones alinhados, uma prancha ou elevação com entrada chanfrada, sonorizadores com réguas de largura, duas curvas sequenciais com raio de 90° e em formato de “L” e duas rotatórias circulares que permitam manobra em formato de “8”. Não necessariamente nessa ordem.

Nos fluxos das categorias “B”, “C”, “D” e “E”, a contagem do tempo para realização da baliza se inicia quando a frente do carro alcança o primeiro balizador. O exame é realizado em duas etapas: baliza e percurso em via pública, necessariamente nessa ordem. A primeira etapa consiste em estacionar o veículo em área demarcada por, pelo menos, seis balizadores removíveis.

Para essa etapa, cada candidato tem até três tentativas, que são contadas a cada deslocamento em marcha a ré. A área demarcada e o tempo permitido para a realização da manobra variam de acordo com cada grupo. Na categoria B, o limite é de 5 minutos, na C e D é de 6 min e na E de 9 min.

Para todas as categorias de quatro ou mais rodas, o percurso apresenta aclives e declives, cruzamentos, sinalizações horizontal e vertical e guias de estacionamento.

O candidato é submetido a conversões e testes de parada em subida, com acionamento obrigatório de freio de estacionamento, e é avaliado quanto ao cumprimento de normas de circulação e conduta.

Circuito é diferente para carros e motos (Foto: Reprodução)

Não se esqueça dos pontos

Durante o exame, as faltas cometidas são registradas no momento em que ocorrem. O critério é a pontuação negativa por falta cometida, sendo que o candidato que cometer uma falta eliminatória ou cuja soma dos pontos negativos ultrapassar três será reprovado.

Pontuação no caso de habilitação para motos

  • Faltas eliminatórias (reprovação): iniciar a prova sem estar com o capacete devidamente ajustado ou sem viseira ou óculos de proteção; descumprir o percurso; colidir em cones e cair do veículo durante a prova.

Além disso o há penalidade em casos de não manter equilíbrio na prancha; avançar sobre o meio-fio ou a parada obrigatória; colocar os pés no chão com o veículo em movimento; provocar acidente durante o exame e cometer qualquer outra infração gravíssima.

  • Faltas graves (3 pontos): deixar de colocar um pé no chão e o outro no freio ao parar o; invadir qualquer faixa durante o percurso; não fazer ou fazer incorretamente a sinalização; fazer o percurso com o farol apagado e cometer qualquer infração grave.
  • Faltas médias (2 pontos): utilizar incorretamente os equipamentos; engrenar ou usar marchas inadequadas e não recolher o pedal de partida ou o suporte do veículo antes de iniciar.

Interromper o funcionamento do motor sem justa razão após o início da prova; conduzir o veículo sem segurar o guidom com as duas mãos e cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza média, também é considerada falta média.

  • Faltas leves (1 ponto): colocar o motor em funcionamento quando já engrenado; conduzir o veículo provocando movimento irregular; regular os espelhos retrovisores durante o percurso do exame e cometer qualquer outra infração leve.

Modelo da nova CNH (Foto: Contran)

Habilitação para veículo de quatro ou mais rodas

  • Faltas eliminatórias (reprovação): desobedecer à sinalização semafórica e de parada obrigatória; avançar sobre o meio-fio; não colocar o veículo na área balizada no tempo estabelecido e avançar sobre o balizamento demarcado durante o estacionamento na vaga.

Transitar em contramão; não completar a realização de todas as etapas do exame; avançar a via preferencial; provocar acidente; exceder a velocidade e cometer qualquer outra infração de trânsito gravíssima, também são motivos de reprovação.

  • Faltas graves (3 pontos): desobedecer à sinalização da via ou ao agente da autoridade de trânsito; não observar as regras de ultrapassagem ou de mudança de direção; não dar preferência de passagem ao pedestre que estiver atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo ou, ainda, quando o pedestre não haja concluído a travessia.

Manter a porta do veículo aberta ou semiaberta; não sinalizar com antecedência a manobra pretendida ou sinalizá-la incorretamente; não usar devidamente o cinto de segurança; perder o controle da direção e cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza grave.

  • Faltas médias (2 pontos): executar o percurso da prova, no todo ou em parte dele, sem estar com o freio de mão inteiramente livre; trafegar em velocidade inadequado; interromper o funcionamento do motor, sem justa razão, após o início da prova; fazer conversão incorretamente; usar buzina sem necessidade ou em local proibido; desengrenar o veículo nas descidas.

Também é considerada infração média o ato de colocar o veículo em movimento sem observar as cautelas necessárias; usar o pedal da embreagem antes de usar o pedal de freio nas frenagens; entrar nas curvas com a engrenagem de tração do veículo em ponto neutro; engrenar ou usar as marchas de maneira incorreta e cometer qualquer infração média.

  • Faltas leves (1 ponto): provocar movimentos irregulares no veículo sem motivo justificado; ajustar incorretamente o banco; não ajustar devidamente os espelhos retrovisores; apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo engrenado e em movimento.

Por fim, também é considerado como falta utilizar ou interpretar incorretamente os instrumentos do painel do veículo; dar partida ao veículo com a engrenagem de tração ligada; tentar movimentar o veículo com a engrenagem de tração em ponto neutro e cometer qualquer infração leve.

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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