Dicas certeiras para terminar o ano com um carro seminovo
Nos últimos anos, as opções do brasileiro se expandiram para além do carro 0km. Veja dicas que ajudam quem procura por um carro seminovo.
Nos últimos anos, o setor de carros usados foi impulsionado por uma série de fatores. Desde as concessionárias tradicionais até os sites de buscas e a transação entre pessoas físicas, o fato é que o brasileiro viu o leque de opções se expandir para além do carro 0km, destacando as vantagens para o consumidor apostar em um seminovo e realizar o sonho do carro próprio.
Para quem procura por um carro seminovo, algumas dicas podem ajudar no processo. Confira.
Dicas para fazer um bom negócio na compra de carro seminovo
Paulo Barros, vice-presidente de Operações da Kavak no Brasil, startup que facilita o processo de compra e venda de carros seminovos e usados, aconselha o comprador a se fazer algumas perguntas, antes de levar o seminovo para casa.
1- Escolha um modelo do carro seminovo de acordo com suas necessidades – o que quero e preciso?
O primeiro passo, antes mesmo de iniciar a busca pelo novo veículo, é elencar os atributos essenciais e mais relevantes que o automóvel precisa ter para o novo dono. Pergunte-se, por exemplo, qual uso você fará do automóvel, se o carro será utilizado prioritariamente para lazer ou trabalho. “Assim, você saberá quais características não podem faltar, diminuindo as chances de comprar um carro que não atenderá às suas reais necessidades”, aponta Barros.
Outras questões a considerar são:
- O tamanho do porta-malas;
- Quantas pessoas farão uso do veículo;
- Se o seminovo vai rodar em estradas de terra, e com frequência;
- Se precisa de boa performance em velocidade, ou se será usado mais na cidade;
- Se a procura será por um veículo popular ou um mais exclusivo.
O especialista lembra que brasileiro costuma trocar de carro, em média, a cada cinco anos, por conta da dificuldade no processo. Enquanto em países desenvolvidos, esse tempo é de dois a três anos – que é o tempo médio que o carro atende às necessidades do momento de vida do consumidor.
“Existe quem necessita trocar de carro porque a família cresceu ou busca por um modelo mais econômico por conta de mais viagens a trabalho. O carro ideal depende da necessidade do cliente, naquele determinado momento. Por isso, vale a pena reservar um tempo para entender qual uso você fará do carro e qual modelo está mais alinhado com as suas exigências sejam elas pessoais ou profissionais”, pontua o especialista.
2- Procedência – qual a história do carro?
Comprar um carro usado traz grandes vantagens para o consumidor, como preços mais acessíveis e menor desvalorização. Mas é necessário estar atento aos antecedentes do veículo para evitar uma possível dor de cabeça no futuro.
“Uma das maiores preocupações dos clientes na hora de comprar um seminovo é justamente a história do carro. Essa assimetria de informações – quem vende sabe o que está vendendo, mas quem compra não sabe o que está comprando – historicamente levou com que muitos consumidores ainda não se sintam totalmente confiantes para apostar no seminovo”, pondera Paulo Barros.
“Felizmente, o cenário está mudando. Um dos retornos positivos que recebemos dos nossos clientes, aqui na Kavak, é justamente o fato de não fazermos intermediação. Nós compramos de fato os automóveis, antes de vendê-los a outros consumidores, revisamos, o que traz tranquilidade para o comprador, que sabe que aquele automóvel passou por uma inspeção mecânica e tem toda a documentação em ordem.”
3- Garantia do carro – e se eu tiver problemas?
A garantia para carros usados e seminovos é um dos principais diferenciais para o cliente na hora de escolher onde comprar o novo veículo. Para Paulo Barros, o consumidor busca no mercado de seminovos e usados a mesma transparência, segurança e garantias que se observam em inúmeros outros segmentos.
“É fundamental que o cliente receba apoio caso venha a ter problemas com o produto, uma vez que o carro é uma das principais compras de uma pessoa durante a sua vida. Estar atento não apenas ao tempo de garantia, mas aos serviços de pós-venda que uma empresa oferece vai fazer diferença durante a sua experiência enquanto proprietário de um veículo”, ressalta o especialista.
4- Preço do carro – estou pagando realmente o valor que o automóvel vale?
No Brasil, a Tabela Fipe é utilizada como base para reunir os preços médios dos veículos seminovos e usados. No entanto, outros custos precisam ser considerados na hora de comprar um carro, como cartório, documentações e manutenção do veículo – quanto melhor o estado do carro, menor tende a ser o custo desse último item.
Muitas vezes, na transação entre pessoas físicas, o consumidor se impressiona com um valor mais alto, mas não considera os custos ocultos, como transferência dos documentos, revisão ou troca de pneus, por exemplo.
“Entendemos que a prática de negociação do preço deixa o consumidor insatisfeito, pois ele entende que poderia ter recebido um desconto maior, ser enganado ou que o vendedor não está sendo 100% transparente com ele”, explica Barros.
5- Testando o carro – e se eu mudar de ideia?
Mesmo que no Brasil já seja realidade a possibilidade de comprar um seminovo garantido 100% online, muitos clientes ainda preferem visitar o automóvel antes de fechar o negócio. Sentir o cheiro do veículo e se imaginar dentro dele ainda é etapa essencial para os aficcionados por carro.
No entanto, mesmo com uma série de cuidados prévios, é possível que, depois de um certo tempo, o veículo não atenda às expectativas ou necessidades do cliente e de sua família.
“A compra de um carro é um momento importante na vida de uma pessoa. Por isso é fundamental que o cliente vá para casa com um automóvel que corresponda às suas expectativas”, afirma Paulo Barros.
“Pode acontecer de clientes voltarem atrás em suas escolhas, por diversos motivos. Se for o caso, é importante que ele se informe quanto às políticas da empresa e receba o suporte necessário para realizar a troca do automóvel e encontrar um modelo diferente, que esteja de acordo com o que o está buscando naquele momento”, recomenda o especialista.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.