Demora nos transportes por app continua; entenda os motivos da espera
Os serviços de transportes por aplicativo cresceram muito nos últimos anos. No entanto, várias pessoas passaram a reclamar da demora neles. Entenda
Os serviços de transportes por aplicativo cresceram muito nos últimos anos. Muitas pessoas os usam para fazer seus deslocamentos diários. No entanto, nos últimos meses, muitos clientes estão enfrentando problemas, como já abordamos anteriormente no Garagem360.
Dentre as principais reclamações é a demora. Mas por que isso está acontecendo?
Aplicativos deste tipo, como Uber e 99 Taxi, chegaram ao mercado para facilitar a vida das pessoas. Um dos seus principais atributos sempre foram os preços baixos (com relação ao taxi comum). O fato de ter se transformado em uma boa forma de ganhar dinheiro também. Mas tudo mudou nos últimos tempos. As reclamações aumentaram bastante.
Demora nos transportes por aplicativo continua
A demora para achar um motorista por perto é uma delas. Outro tipo de reclamação que se tornou bastante comum é o cancelamento das viagens. Na maioria dos casos, os motoristas aceitam as viagens e acabam desistindo.
Sem falar dos aumentos nas tarifas. Isso acaba prejudicando a rotina várias pessoas. Ainda mais daquelas que não possuem um veículo próprio e dependem dos transportes por aplicativo.
Alguns fatores aparecem como os principais motivos da espera. Um deles é a alta da demanda. Ainda mais após a flexibilização da quarentena. Quem explica isso é a empresa Uber em resposta a uma reportagem feita pelo portal “Olha Digital” no final do mês passado.
“Com a pandemia, pessoas que antes não usavam a Uber no dia a dia agora estão optando pelo app. (…) Esse contexto de alta demanda por viagens vem se acentuando nas últimas semanas, conforme o avanço da campanha de vacinação e a reabertura progressiva de atividades comerciais pelas autoridades. Nesse sentido, os usuários estão tendo de esperar mais tempo por uma viagem porque, especialmente nos horários de pico, há mais chamados do que parceiros dispostos a realizar viagens.”, disse a empresa.
A demanda elevada significa que o app da Uber está tocando sem parar para os parceiros, situação em que eles relatam se sentirem mais confortáveis para recusar viagens, pois sabem que virão outros chamados na sequência, possivelmente com ganhos maiores.”, concluiu.
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A “99 Taxis” segue a mesma linha. Mas vale lembrar que a flexibilização também está causando um efeito contrário durante a semana. De acordo com a revisa “Veja”, os motoristas preferindo trabalhar aos finais de semana, pois o funcionamento de bares e restaurantes está começando a voltar ao normal. Assim, a demanda aumenta nestes lugares e diminuem nos horários de pico. Isso também está relacionado aos gastos com combustível.
As contas não fecham
Todos os custos que envolvem o serviço também podem estar relacionados a demora. Isso porque, em alguns casos, os motoristas pensam antes de aceitar uma corrida. No caso, eles levam em consideração o ganho que eles podem ter com as viagens.
“É uma triste realidade, mas nós mesmos aconselhamos o motorista a cancelar corridas curtas”, contou Eduardo Lima, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), à “Veja”.
Este ganho pode variar de acordo com o tamanho da viagem e o tempo da mesma. Hoje, as empresas responsáveis ficam com 20% a 48% do valor das corridas. Este congelamento é uma das reclamações dos motoristas.
O preço dos combustíveis também está afetando o bolso dos motoristas. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina cresceu em até 51%. Sem falar que o litro do combustível derivado do petróleo já pode ser encontrado por mais de R$ 7. O preço do aluguel de veículos também afeta.
E isso faz com que muitos motoristas desistam dos serviços. Segundo a Amasp, a porcentagem de desistências desde o começo do ano passado é de 25%. Em outros casos, os motoristas acabam trocando de plataforma. Ou seja, uma que lhe ofereça melhores vantagens.
(Com informações de Veja, Olhar Digital e Exame)
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.