Corpo de Bombeiros pediu para que extintores fossem mantidos nos veículos

Instituição foi consultada pelo Denatran e opinou pela manutenção do equipamento

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Corpo de Bombeiros pediu a manutenção dos extintores de incêndio nos carros de passeio | Foto: Cristino Martins/AG. PARÁ/Fotos Públicas

O uso de extintores de incêndio em veículos de passeio passou a ser facultativo no Brasil após a medida anunciada, no dia 17 de setembro, pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Procurado pelo Garagem 360, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) revelou que foi consultado sobre a medida e opinou pela manutenção da lei.

Enquanto a alteração ainda estava em fase de discussão, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) pediu a opinião da corporação sobre a obrigatoriedade dos equipamentos, e esta disse que era preferível que a norma não fosse modificada.

O comando da PMESP ainda sugeriu que, se a mudança realmente fosse acontecer, então que caminhões, ônibus e vans continuassem obrigados a possuir o extintor de incêndio. Com a nova lei, o uso passou a ser facultativo para veículos de passeio, mas continua obrigatório para os de uso comercial e os utilizados para o transporte de cargas perigosas.

O Corpo de Bombeiros também informou que o uso do componente pode ajudar, e muito, se o carro estiver pegando fogo, principalmente se as vítimas estiverem presas nas ferragens. Segundo a corporação, só em 2014, o número de atendimentos a incêndios em veículos foi de 6.098, com 147 vítimas, sendo sete fatais.

Mudança na lei

De acordo com o Contran, o motivo para a mudança na tão controversa lei baseia-se em pesquisas e estudos do departamento que constataram que as inovações tecnológicas introduzidas nos automóveis nos últimos anos resultaram em maior segurança contra incêndios. As avaliações mostraram que de dois milhões de sinistros em veículos cobertos por seguros, apenas 800 tiveram incêndio como causa. Deste total, 24, cerca de 3%, informaram que tentaram conter as chamas com o objeto.

Outra razão para a alteração seria a falta de tempo útil para que os fabricantes do equipamento pudessem servir o mercado. As empresas informaram que o atendimento total levaria entre três e quatro anos.

 

Rodrigo LoureiroRodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.
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