Conflito Rússia e Ucrânia pressionam preço dos combustíveis no Brasil; entenda
Veja como o conflito entre os países do leste europeu, a Rússia e a Ucrânia pode afetar diretamente no preço dos combustíveis no Brasil.
O conflito que acontece no leste europeu pode influenciar o preço do litro da gasolina no mercado nacional, através da valorização do preço do barril de petróleo e do dólar. Veja os detalhes.
Aumentos dos combustíveis no Brasil após guerra entre Rússia e Ucrânia
Nas últimas semanas o mundo parou para acompanhar de perto o confronto entre Rússia e Ucrânia. Porém, as consequências de conflito no leste europeu pode afetar diretamente o bolso do consumidor brasileiro, como por exemplo na hora de abastecer o carro.
Em algumas regiões do país, a gasolina pode ser encontrada por um preço médio de R$ 7 o litro, algo que infelizmente, tem se tornado comum. No entanto, o cenário pode se agravar ainda mais com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Acontece que através do embate entre os dois países, o preço do barril de petróleo, matéria-prima usada para a fabricação da gasolina ficou mais caro, e a tendência é aumentar ainda mais. Dessa forma, o aumento uma hora ou outra, será repassado ao produto final, e isso deve acontecer em breve, tendo em vista que a Petrobras não reajusta os valores do combustível desde 12 de janeiro.
Após os anúncios da invasão da Rússia em terras ucranianas, o preço do barril do petróleo ultrapassou os US$ 100. Hoje, a cotação atual do mesmo é de R$ 588,89, na moeda brasileira.
A justificativa do preço mais elevado vai de encontro com a lei básica da oferta e procura. Acontece que a Rússia tem 44% da produção de gás do mercado europeu e é detentora de 25% da produção de petróleo. Dessa forma, com o início do conflito, bem como com o corte de relações com o mercado, o produto se torna mais escasso, e consequentemente, mais valioso.
Dólar em alta também afeta os preços da gasolina no Brasil
Além da elevação do preço do barril de petróleo, o dólar em alta nos últimos dias também impacta o preço final da gasolina, tendo em vista que, o mesmo é cotado através da moeda americana. Até a finalização dessa reportagem, o dólar estava cotado em R$ 5,04.
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Senado votará semana que vem sobre o PLP que visa alíquota unificada para ICMS dos combustíveis
Está marcado para o dia 8 de março, a votação dos dois projetos de lei que trazem medidas para controlar a escalada dos preços de combustíveis, sendo eles: o PLP 11/2020, que determina alíquota unificada e em valor fixo para o ICMS sobre combustíveis em todo o país, e o PL 1472/2021, que cria uma conta para financiar a estabilização dos preços.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator de ambos os projetos, apresentou novos substitutivos antes da sessão deliberativa no dia 23 de fevereiro. A mudança mais significativa se deu no PL, que abandonou a criação de um novo imposto sobre as exportações de petróleo bruto.
No PLP, Jean Paul, acrescentou previsão de que mudanças na alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) deverão antecipar estimativas de evolução dos preços dos combustíveis, para evitar aumento do peso proporcional do imposto sobre o valor final do produto.
Com informações da Agência Senado
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.