Comprar “carro de garagem” é sempre um bom negócio?

Será que o chamado “carro de garagem”é mesmo sempre mais confiável? Confira dicas para fechar um bom negócio, com segurança.

Existem muitos mitos no mercado automotivo que podem induzir o motorista ao erro, causando-lhe prejuízos financeiros. Generalizações costumam ser perigosas. Será que o chamado “carro de garagem” de único dono é mesmo sempre mais confiável? Confira a seguir dicas para fechar um bom negócio, com segurança.

Veja dicas para fazer um bom negócio na compra de um “carro de garagem”

O “carro de garagem” é aquele que fica a maior parte do tempo estacionado, sem uso (Foto: NastCo/iStock)

O termo “carro de garagem” refere-se a um veículo usado ou seminovo que ficou estacionado e não foi utilizado por muito tempo. Na maioria dos casos, esses carro pertence a um único dono desde que saiu da concessionária. 

Nesse contexto, surge a ideia de que o estado de conservação do “carro de garagem” seria superior ao daqueles que já passaram por outros donos.

Isso dá ao interessado a impressão de que ele terá maior facilidade de conhecer o histórico do carro em uma conversa transparente com o dono. Mas será que essa característica, por si só, torna o veículo confiável?

Segundo alertam os especialistas da Super Visão – empresa do segmento de vistorias automotivas –, os lubrificantes, fluidos, pneus e borrachas de um veículo possuem um tempo de vida útil. 

Quando um carro fica parado por um longo período, ocorre a corrosão desses componentes, o que pode ser extremamente perigoso. 

Esse alerta já indica que nem sempre o fato de o veículo visado para a compra ser um “carro de garagem” garante a segurança de que se está adquirindo um carro confiável.

Os especialistas relacionam cinco dicas básicas para fazer um bom negócio na compra de um carro usado, seja ou não “de garagem”:

Abra mão do mito da quilometragem baixa (Foto: iStock)

1 – Quilometragem

Este é um dos mitos que cercam o mundo dos automóveis, pois a quilometragem diz muito pouco sobre o estado de conservação do carro.

É preciso analisar o veículo de forma individual, pois sua qualidade depende de vários outros fatores. Portanto, a primeira dica é esquecer o mito da quilometragem baixa e analisar o carro desejado com maior profundidade.

2 – Tipo de percurso mais utilizado

Se o carro rodou em maior parte na cidade ou em rodovias, e também o estado da pavimentação do percurso rotineiro, isso fará toda a diferença em seu estado de conservação.

Em um percurso urbano há um desgaste maior do veículo devido a acelerações, variações de rotação e temperatura do motor, frenagens e diversos obstáculos. Já estradas bem pavimentadas e com maior limite de velocidade não exigem tanto esforço.

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3 – Hábitos de transporte

Outro aspecto crucial é o padrão de uso do veículo. Um motorista que geralmente conduz o carro sozinho e sem carga tende a causar menos desgaste no carro do que aquele que o utiliza para transportar cargas pesadas ou que carrega muitos passageiros. O carro que é frequentemente utilizado com carga tem a sua durabilidade reduzida.

4 – Marca e modelo

A durabilidade e a confiabilidade dos diferentes modelos e marcas podem variar significativamente.

É mais vantajoso comprar um veículo de uma marca renomada, mesmo que ele tenha uma quilometragem de 80 mil, em comparação a outro com apenas 20 mil quilômetros, mas de uma marca com histórico de falhas mecânicas.

Dê preferência a um carro com alta quilometragem, desde que ele esteja em bom estado e tenha passado por manutenção regular.

5 – Vistoria veicular

A vistoria veicular é essencial para avaliar minuciosamente o estado do carro e identificar possíveis problemas decorrentes da inatividade prolongada. A vistoria realizada por profissionais especializados permite uma análise detalhada, identificando desgastes, corrosões ou danos que possam comprometer a segurança e o desempenho do veículo.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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