Combate à covid-19: VW garante Nivus, mas congela investimentos por 3 meses

Com 16,21% de participação de mercado (automóveis e comerciais leves, segundo a Fenabrave) até março deste ano, a Volkswagen é a segunda empresa que mais vendeu em 2020, atrás apenas da Chevrolet. Além disso, é uma das marcas mais populares do mercado nacional, sendo uma das primeiras companhias a fabricar um veículo no País. Porém, ao longo dessa trajetória, talvez a empresa enfrente um dos momentos mais difíceis de sua história no Brasil. A pandemia da covid-19 tem impactado o mercado automotivo, que deve enfrentar uma crise nos próximos meses.

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Por conta desse cenário atual, o Garagem360 entrou em contato com a fabricante para saber quais são as estratégias para o combate à covid-19. Nossa equipe também buscou compreender os planos futuros e quais os impactos que a doença poderá causar em novos projetos.

Abaixo, em formato de perguntas e respostas, confira o posicionamento da Volkswagen.

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Combate à covid-19: o que diz a VW

Pergunta: Com a pandemia se estendo por mais alguns meses, qual a perspectiva para o mercado?

Resposta: Quando e como as perdas serão compensadas é uma pergunta que não pode ser respondida com nenhum grau de confiabilidade no momento. Depende de muitos fatores externos que ainda não foram decididos e que variam significativamente, tais como: quanto tempo dura a quarentena, a retomada da economia e taxa de desemprego, bem como as medidas de estímulo e programas de incentivo dos diferentes governos e fabricantes. Não podemos fazer no momento nenhuma previsão para o segundo semestre. Vamos aguardar o retorno gradativo à normalidade e o comportamento do consumidor após tudo isso para podermos fazer uma avaliação mais concreta.

P: Quais medidas estão sendo tomadas para contornar essa situação?

R: Atualmente o maior problema enfrentado por toda a cadeia de fornecedores e concessionários é a liquidez. Em busca de soluções, o setor fez reinvindicações para as categorias junto à Anfavea, Fenabrave, BNDES, Sindipeças e ainda recentemente foi pedido apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A necessidade atual das empresas é preservar o caixa. Na VW estamos planejando com cuidado cada despesa e congelamos investimentos por 3 meses.

P: Como o atual isolamento social pode impactar os próximos lançamentos da marca, como o Nivus? Qual será a estratégia adotada?

R: O cronograma do Nivus segue inalterado. Ele será lançado ainda no primeiro semestre deste ano.

P: A pandemia pode impactar o desenvolvimento de tecnologias futuras, como a de carros autônomos e as pesquisas de combustíveis alternativos?

R: Todo e qualquer novo investimento está congelado pelo período de 3 meses. Após isso vamos avaliar as consequências dessa crise e decidiremos os próximos passos no que diz respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias. 

P: Como está sendo feito o trabalho para atender as necessidades dos clientes em meio a pandemia, como assistência, revisões e garantias dos veículos?

R: No momento, cerca de 75% das oficinas das concessionárias estão abertas no País, com todos os cuidados de segurança e higiene dos profissionais no combate ao Coronavírus. No site comercial da VW, a empresa está atualizando diariamente a lista de oficinas em funcionamento. Acesso disponível aqui. 

Além disso, a empresa vai oferecer até o dia 30 de junho serviços de reparo em suas concessionárias para veículos da marca da Secretaria da Saúde dos estados de São Paulo e Paraná, localidades onde a empresa possui fábricas, que estão sendo utilizados no combate à COVID-19. A mão de obra dos serviços é gratuita e as peças são cobradas a preço de custo. Em relação ao Plano de Manutenção Periódica, o cliente poderá realizá-lo após o período de quarentena, mantendo a garantia original do veículo.

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Na galeria, veja alguns carros testados pelo Garagem360 em 2020.

 

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.