Com peças mais acessíveis, carros elétricos podem ganhar o mercado
Os carros elétricos representam uma parte menor das vendas. Mas isso pode mudar por conta dos chicotes elétricos modernos, que são baratos.
O número de opções de carros elétricos cresceu bastante nos últimos anos. No entanto, apesar deles já estarem presentes nas ruas, os veículos movidos a combustão ainda são a maioria. Mas isso pode mudar e o responsável pela mudança pode ser o uso de componentes mais acessíveis. Um bom exemplo são os chicotes elétricos modernos.
Carros elétricos podem ganhar o mercado com o uso de peças mais baratas? Veja aqui!
Este item, que pode ser bem barato e se estende por no máximo 5 quilômetros, é bastante importante para um carro. Afinal, ele faz com que vários componentes elétricos fiquem conectados. Mas de acordo com a agência de notícias Reuters, as marcas vem sofrendo com a falta de oferta deste componente.
Tudo isso por conta do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. O país ucraniano possui diversas empresas que fabricam a peça. E várias marcas famosas, como a Bentley, fazem o uso de chicotes elétricos vindos da região. Você se deve estar se perguntando: como esta situação faz o mercado de carros elétricos crescer?
Especialistas ouvidos pela agência de noticias acreditam que as montadoras podem passar a investir em chicotes elétricos projetada=s para seus veículos 100% elétricos. Neste caso, seriam usadas máquinas feitas justamente para este trabalho. O presidente AutoForecast Solutionsm Sam Fiorani, falou justamente sobre esta troca para os carros elétricos.
“Esta é apenas mais uma razão para a indústria fazer a transição para a eletricidade mais rapidamente”, disse Sam Fiorani, presidente da empresa de pesquisa de mercado AutoForecast Solutions, à Reuters.
Já a consultora automotiva do Michigan, Sandy Munro, diz que não investiria em carros movidos a combustão e que os carros elétricos podem representar 50% das vendas globais até o ano de 2028. “O futuro está chegando terrivelmente rápido.”
Método usado pela Tesla
Investir em chicotes para carros elétricos é o que está fazendo a Bentley. De acordo com Adrian Hallmark, presidente-executivo da fabricante britânica, a falta de fornecimento fez com que a montadora focasse no desenvolvimento de chicotes mais simples para serem usados em carros elétricos. O dirigente também comentou sobre o sistema adotado pela Tesla.
“O modelo Tesla é um conceito completamente diferente de fiação, não poderíamos mudar para isso da noite para o dia”, contou Hallmark à Reuters
“É uma mudança fundamental na maneira como projetamos carros.”.
Estes modelos de chicotes elétricos de última geração da Tesla podem ser bastante práticos. Afinal, eles podem ser mais leves. Além disso, elas podem usar seções em linhas de fabricação mais automatizadas para serem produzidas. Uma vantagem interessante é que o carro fica menos pesado.
Outros exemplos
Não é só a Tesla que vem apostando em novas tecnologias. De acordo com Walter Glück, a empresa Leoni, junto com as fabricantes de veículos, trabalham para encontras novas saídas para o problema. Os chicotes modulares ou “zonais” podem se tornar em alternativas.
Além de serem curtos (beneficiando a montagem e reduzindo a complexidade), eles podem ser divididos em seis, sete ,ou oito partes. Glück fala na troca de paradigma “Se você deseja reduzir o tempo de produção em sua fábrica de automóveis, um chicote modular ajuda.”, disse em entrevista a Reuters.
Também podemos citar o caso da CeLink. O chicote produzido por ela é flexível, plano, de fácil instalação e feito de forma automatizada. Sem falar que, de acordo com o presidente-executivo, Kevin Coakley, a peça já está presente em cerca de um milhão de carros elétricos. Ele diz ainda que o envio de produtos reprojetados pode levar duas semanas.
Vale ressaltar que em muitos lugares, os carros a combustão ainda são a maioria. O Brasil é um bom exemplo disso. De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), os carros 100% elétricos representaram apenas 0,3% do total de vendas do mês de abril.
Com informações de Reuters
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.