Com números ruins, ANEF divulga balanço de abril

Resultados mostram queda de 7,6% na carteira de veículo e baixa de 8,7% no total de recursos liberados

O mercado automobilístico continua vivendo dias nebulosos. Se os resultados recentes da análise da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não empolgam, os números divulgados pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF) também não fogem do cenário preocupante.

De acordo com a entidade, o total de recursos liberados para o financiamento de veículos em abril somou R$ 7,3 bilhões, queda de 10,6% em relação a março e de 14,3% em comparação a abril do ano passado. Com isso, o primeiro quadrimestre do ano fecha com decréscimo de 8,9%, totalizando faturamento de R$ 30,7 bilhões ante R$ 33,6 bilhões no mesmo período de 2014.

De acordo com Décio Carbonari, presidente da ANEF, há muita dificuldade de realizar a previsão de até quando a fase de retração econômica irá durar. “Só saberemos a dimensão mais completa da crise econômica quando forem estabilizadas a taxa de desemprego e a renda média real dos brasileiros”, afirma.

No período analisado pela associação, também houve contração no saldo de crédito para a aquisição de veículos por pessoas físicas e jurídicas, com 4,1% do PIB do ano passado contra 3,6% deste ano. O saldo de crédito do Sistema Financeiro Nacional, por sua vez, subiu 10,5% no total das operações de crédito nos últimos doze meses.

Outra conta que apresentou baixa foi na soma dos saldos das carteiras de veículos: decréscimo de 1,1% no mês e 7,6% nos últimos doze meses. Os financiamentos por CDC representaram R$ 195 bilhões e tiveram queda de 1% no mês e 6,1% em doze meses. O leasing ficou em 7,5 bilhões, 2,6% e 34,8% menor nos respectivos períodos.

Juros e prazos

Mais uma má notícia, mas esta para os compradores, é que as taxas de juros oferecidas pelos bancos das montadoras subiram 0,2% em relação ao mês anterior, fechando em 1,54% a.m e 20,12% a.a.. Os bancos de varejo hoje oferecem taxas de 1,85% a.m. e 24,6 a.a. para pessoa física no CDC. O prazo médio das concessões em abril foi de 41,5 meses contra 41,2 do quarto mês de 2014.

Inadimplência

A ANEF comemora os bons números apresentados na inadimplência. Mesmo com leve aumento de 0,1% em abril, os resultados permanecem favoráveis, já que contam com queda de 0,3% no ano e recuo de 1,1% no financiamento por CDC nos doze meses que se passaram.

Rodrigo LoureiroRodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.
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