Com fábrica recém-inaugurada, GWM já estuda segunda unidade no Brasil
A GWM já planeja uma segunda fábrica no Brasil para produzir carros mais acessíveis e competir no segmento de R$ 150 mil.
A Great Wall Motor (GWM), que acabou de inaugurar sua primeira fábrica no Brasil em Iracemápolis (SP), já está em busca de um local para uma segunda unidade de produção. A montadora chinesa quer aumentar sua participação no mercado brasileiro, diversificando seu portfólio para incluir veículos mais acessíveis.
GWM já estuda segunda unidade no Brasil
A fábrica de Iracemápolis, adquirida da Daimler AG, tem capacidade para produzir 50 mil veículos por ano, como os SUVs Haval H6 e H9, e a picape Power P30. No entanto, a GWM tem ambições muito maiores para o Brasil.
Em entrevista durante a inauguração, o CEO da GWM International, Parker Shi, afirmou que a empresa pretende, a longo prazo, vender entre 250 mil e 300 mil carros no país, incluindo modelos produzidos localmente e importados.
Para atingir essa meta, uma segunda fábrica é vista como um passo estratégico. Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, disse em entrevista que a empresa tem recebido propostas de diversos estados, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Espírito Santo. A decisão final sobre o local deve ser tomada a partir de meados de 2026.
Foco em veículos mais acessíveis
A GWM identificou uma lacuna em sua linha de produtos no Brasil, que atualmente tem preços a partir de R$ 200 mil. Segundo Ricardo Bastos, a maior parte das vendas no país se concentra em veículos com preços ao redor de R$ 150 mil. “Precisamos ter produtos competitivos nesse segmento, abaixo de R$ 200 mil”, afirmou o diretor.
A nova fábrica seria um polo de produção para uma nova família de veículos, que pode incluir um SUV menor que o Haval H6 e uma picape compacta, ambos derivados de uma nova plataforma.
O executivo explicou que essa nova linha de produtos não se limitará a um ou dois modelos, e que a experiência no mercado brasileiro pode ser replicada em outras fábricas da GWM no mundo. “O Brasil tem servido de laboratório de boas experiências, seja de marca, seja de relacionamento com os concessionários”, disse Bastos.
O investimento total da GWM no Brasil é de R$ 10 bilhões, sendo R$ 4 bilhões até 2026, com o restante a ser aplicado até 2032.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
