Clonagem digital de carros: novo golpe afeta motoristas no Brasil; saiba como se proteger
A clonagem digital de carros está afetando motoristas e até montadoras. Entenda como funciona o golpe e o que você pode fazer
A clonagem digital de carros está se tornando um dos golpes mais sofisticados e preocupantes no Brasil. O que antes envolvia apenas a clonagem de placas de veículos agora se expandiu para uma fraude muito mais complexa e perigosa: a transferência ilegal de propriedade dos veículos sem que ninguém toque no carro. Acompanhe o Garagem360 para saber mais e como se proteger!
Como funciona a clonagem digital de carros?
A clonagem digital de carros ocorre quando criminosos têm acesso aos dados dos veículos por meio de brechas de segurança nos sistemas públicos de trânsito, como os dos Detrans e do Contran.
Então, usando esses dados (como número do chassi e informações do proprietário), os criminosos conseguem transferir o veículo para o nome deles de forma digital, sem precisar realizar uma vistoria física ou sequer apresentar o carro.
Esses criminosos utilizam dois tipos de abordagens:
- Grandes quadrilhas que usam os carros clonados como ferramentas para lavagem de dinheiro.
- Estelionatários independentes que utilizam os veículos em seu nome para obter empréstimos em instituições financeiras, oferecendo o carro como garantia.
Com isso, é possível ver até carros de frotas de montadoras, que são usados por jornalistas e influenciadores em postagens nas redes sociais, sendo alvo dessas quadrilhas. Uma vez que as placas e dados do veículo são expostos, a clonagem acontece facilmente.
Quais são os principais alvos da clonagem digital de carros?
A princípio, a clonagem digital de carros afeta principalmente frotas de montadoras, onde os veículos são usados em ações de marketing, postagens e campanhas publicitárias.
Devido à exposição de placas e outros dados, os criminosos conseguem replicar documentos e até registrar o carro em outro estado.
Porém, motoristas comuns também estão em risco, enfrentando situações onde seus veículos são clonados e, muitas vezes, são parados em blitzes e confundidos com veículos de outros donos. Esses casos geram grande constrangimento e problemas legais para quem teve seu carro clonado.

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Como se proteger desse golpe?
Apesar da sofisticação do crime, existem algumas medidas preventivas que podem ser tomadas. Um ponto importante é a fraqueza nos processos de emplacamento, que, segundo especialistas, facilita a clonagem.
Mesmo tecnologias como placas Mercosul e QR Codes não têm sido suficientes para coibir o crime, pois já foram encontradas falhas que permitem a fraude.
Para os motoristas, se o veículo for clonada, o primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência e, em seguida, buscar a regularização judicial da transferência fraudulenta. Além disso, é possível resolver essa questão por meio dos Juizados Especiais, sem necessidade de advogado.
Quais são as consequências legais da clonagem digital de carros?
A clonagem de veículos é um crime previsto no artigo 311 do Código Penal, com pena de até seis anos de prisão. Embora as montadoras e motoristas sejam os principais prejudicados, os criminosos continuam agindo devido à falta de fiscalização e vulnerabilidades nos sistemas públicos de dados.
O que fazer caso você seja vítima de clonagem digital de carros?
Se você descobriu que seu carro foi clonado, o mais importante é agir rapidamente. O primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência para notificar as autoridades.
Em seguida, o caso deve ser levado ao Judiciário, que pode cancelar a transferência fraudulenta e retomar a propriedade original do veículo.
Você já conhecia o golpe da clonagem digital de carros? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas dúvidas ou experiências!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fez da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.