Conheça a Ferrari que aparece no clipe novo do Alok

Clipe novo do Alok, que é um dos principais DJs brasileiros, causou um certo frisson por conta da Lu, mas você viu a Ferrari que ele dirige?

O clipe novo do Alok, que é um dos principais DJs brasileiros da atualidade, causou um certo frisson na internet por contar com a Lu, a influenciadora virtual da Magazine Luiza. Além disso, há uma ação com um celular da Samsung que aparece no vídeo, e até mesmo o vestido usado pela Lu está sendo vendido no aplicativo da loja. Porém, há um outro elemento importante no vídeo e que quase passou despercebido. O carro que aparece em quase todo o clipe é simplesmente uma Ferrari.

Clipe do Alok

Acredite, o Alok usou uma Ferrari em seu clipe – e quase ninguém percebeu |Foto: Reprodução/YouTube

É verdade que não há o tradicional logotipo do cavalo rampante. Nem mesmo o ronco do V12 do carro. Mas a silhueta entrega que o carro virtual é uma Ferrari 550 Maranello, ou a 575M, a versão aperfeiçoada do carro. Por isso, nada melhor para aproveitar que o clipe (que pode ser visto aqui) trouxe esse supercarro de volta para contar a história do modelo.

Clipe novo do Alok e a Ferrari

Clipe novo do Alok

Traseira da 550 Maranello; compare com a imagem anterior do clipe |Foto: Divulgação/Ferrari

Pode não parecer, mas a Ferrari já esteve ameaçada de extinção. Nos anos 1990, a empresa estava com uma gama envelhecida e sem o mesmo prestígio das décadas anteriores. A situação começou a mudar em 1991, quando Luca di Montezemolo assumiu a presidência da empresa e traçou como meta principal resgatar a alma da marca de esportivos.

Aos poucos, novos modelos surgiram, e em julho de 1996, a Ferrari lançava um carro que trazia de volta uma tradição da marca: um autêntico grã-turismo com motor V12. A Ferrari 550 Maranello utilizava um motor de 12 cilindros em V de 5,5 litros naturalmente aspirado e instalado na dianteira do carro. Com 485 cv de potência (a altos 7 mil rpm) e torque máximo de 58 kgfm (a 5 mil rpm), ela surgiu para finalmente aposentar a Ferrari Testarossa – que já chamava F512 M e sentia o peso da idade com seu visual exagerado dos anos 1980.

Clipe novo do Alok

Interior e a tradicional transmissão manual de seis marchas da Ferrari com sua grelha em metal |Foto: Divulgação/Ferrari

E em vez do visual quadrado e exagerado de sua antecessora, a 550 Maranello tinha linhas suaves e modernas (para a época), sendo caprichosamente desenhada por Lorenzo Ramaciotti no estúdio Pininfarina. Como um carro não vive só de beleza, o desempenho era excelente e se mantém bom até os dias atuais: 0 a 100 km/h em 4,4 segundos e velocidade máxima de 320 km/h.

Vista de lado, a 550 Maranello mostra todo o equilíbrio de seu desenho |Foto: Divulgação/Ferrari

Melhorias

Por mais que o projeto da 550 Maranello ainda tivesse lenha para queimar, a Ferrari trouxe uma importante mudança em 2002. O carro ganhou um motor maior, câmbio de Fórmula 1 (com trocas nas borboletas atrás do volante) e um novo nome: 575M Maranello. O numeral era referência ao motor de 5,75 litros de 512 cv (a 7.250 rpm) e 60 kgfm de torque (a 5.250 rpm). Já o M adicional era da palavra italiana modificata. Visualmente há poucas mudanças, mas o carro passou a atingir os 100 km/h em 4,2 segundos e a velocidade máxima aumentou para 325 km/h.

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A 575M Maranello ficou em linha até 2006, quando foi substituída pela 599 GTB Fiorano – que pode até ser mais rápida, mas não tem o mesmo charme da antecessora, uma das máquinas mais bonitas já feitas pela Ferrari.

Clipe novo do Alok

Ferrari 575M Maranello foi a versão definitiva do modelo |Foto: Divulgação/Ferrari

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Leo Alves
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Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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