Chevrolet Montana sai de linha no Brasil

A trajetória da Chevrolet Montana se encerrou no Brasil. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul e Revista Carro...

A trajetória da Chevrolet Montana se encerrou no Brasil. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul e com a Revista Carro, a picape não é mais produzida desde o fim de abril.

Dessa forma, embora ainda apareça no site da fabricante, a picape já não tem novas unidades fabricadas. Sem nunca conseguir ameaçar a líder Fiat Strada, a Montana encerra a trajetória de pouco mais de 10 anos da segunda geração, além dos sete anos da geração original, que ficou em linha entre 2003 e 2010.

Chevrolet Montana sai de linha

Apresentada originalmente em 2003, a primeira geração da Chevrolet Montana veio para substituir a Corsa Pickup. Seu visual era inspirado na terceira geração do Corsa, que estreou no Brasil em 2002. Por mais que não tenha superado as eternas rivais Fiat Strada e VW Saveiro, a primeira Montana conquistou diversos fãs por seu visual moderno e equilibrado.

Na primeira geração, a picape utilizava os propulsores 1.4 (99 cv / 105 cv com gasolina e etanol, respectivamente) e 1.8 (112 cv / 114 cv com gasolina e etanol, respectivamente). Já o câmbio foi sempre o manual de cinco marchas.

Primeira geração da Montana fez fãs no Brasil |Foto: Divulgação/GM

Segunda geração

Em 2010, o modelo fabricado até esse ano foi lançado para substituir a versão original. Porém, em vez de utilizar a base do Corsa, a segunda Montana pegava emprestada a base do Agile, que foi vendido no Brasil entre 2009 e 2014.

O problema é que o hatch não era um primor em design, além de ser sido um carro criado no Brasil com o menor custo de desenvolvimento possível para melhorar a situação financeira da Chevrolet, que na época sofria os efeitos da crise econômica mundial de 2008.

Segunda geração não sofreu grandes mudanças ao longo dos 11 anos de produção |Foto: Divulgação/GM

Por isso, em vez de usar a base do terceiro Corsa (de 2002), o Agile foi desenvolvido sobre a plataforma do segundo Corsa (de 1994, o primeiro vendido no País). Isso fez com que a segunda Montana fosse baseada em uma base mais antiga, além de sofrer com o polêmico visual do carro que derivava.

Desde seu lançamento, a Montana 2 não sofreu grandes melhorias e estava largada à própria sorte há alguns anos. O motor sempre foi o 1.4, mas com 99 cv/94 cv com etanol/gasolina.

Segunda geração não sofreu grandes mudanças ao longo dos 11 anos de produção |Foto: Divulgação/GM

Nova picape

O fim da Montana não vai representar o fim da participação da Chevrolet no segmento das picapes menores. A marca já confirmou que está desenvolvendo um novo modelo baseado na plataforma do Onix e Tracker. Entretanto, a nova picape deverá ser maior para brigar com a Fiat Toro e Renault Duster Oroch.

Ainda sem nome e lançamento definidos, a nova picape será produzida na mesma fábrica de São Caetano do Sul (SP), que será preparada para receber os novos ferramentais.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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