De acordo com o último levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, o setor de transportes registrou novo aumento em abril. No entanto, o preço dos carros usados caiu pela primeira vez após 21 meses de alta, a diminuição de preço é de 0,47%, veja.
Carros usados registram primeira queda de preço após 21 meses segundo IBGE
Na última quarta-feira, 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou os dados do IPCA em abril. De acordo com o levantamento, o setor de transportes registrou nova alta de 1,91%. O aumento foi influenciado principalmente pelo reajuste dos combustíveis.
No segmento de compra e venda, os carros usados registraram a primeira queda após 21 meses em alta. De acordo com o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o mercado de usados teve queda de 0,47%.
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Em contrapartida, os automóveis 0 km registraram novo aumento de preço, de 0,44%, enquanto as motocicletas ficaram 1,02% mais caras no último mês.
A venda de seminovos e usados em abril
De acordo com o levantamento da Fenabrave, entidade de monitora as transações de veículos no mercado nacional, mesmo com o leve recuo de preço, o segmento de usados finalizou o último mês em baixa.
Em abril 573.940 veículos usados foram vendidos, valor 13,65% inferior ao registrado no mês de março e 17,40% a menos no comparativo com abril de 2021.
O acumulado do ano registra 2.279.886 mil unidades de usados vendidos, percentual 23,53% abaixo do registrado durante o mesmo período de 2021.
Combustíveis foi um dos principais fatores para o aumento de preços no segmento de transportes
No grupo de transportes, a alta foi majoritariamente influenciada pelo preço dos combustíveis, que ficaram 3,20% mais caros, durante o último mês.
Somente a gasolina subiu 2,48% e exerceu impacto de 0,17 p.p. no índice do mês. Houve altas também nos preços do etanol (8,44%), óleo diesel (4,74%) e gás veicular (0,24%).
Sobre esse último, é importante lembrar que no dia 29 de abril a Petrobras realizou um reajuste de 19% na venda do gás para as distribuidoras com vigência a partir do dia primeiro de maio. O aumento será calculado no próximo estudo do IPCA.
Nos transportes públicos, a variação positiva do subitem táxi (9,16%) é decorrente dos reajustes de 41,51% nas tarifas em São Paulo (38,76%), a partir de 2 de abril, e de 14,10% nas tarifas em Fortaleza (8,46%), a partir de 12 de abril.
A alta do metrô (3,64%) reflete o reajuste de 12,07% no Rio de Janeiro (11,21%), com vigência a partir de 2 de abril.
A variação de 0,42% em ônibus urbano deve-se aos reajustes nos preços das passagens em três áreas de abrangência do índice: Belém (9,89%) reajuste de 11,11%, a partir de 28 de março; Curitiba (1,66%) reajuste de 22,23%, a partir de 1º de março e São Luís (0,26%) reajuste de 5,40%, em vigor desde 27 de fevereiro.
O transporte por aplicativo e o seguro voluntário de veículo também ficaram mais caros, 4,09% e 3,31%, respectivamente.