Carros podem ficar mais caros em 2026? Entenda medida do governo

Governo planeja elevar imposto de importação de carros e aço para arrecadar R$ 14 bilhões. Veja como a medida pode encarecer os veículos no Brasil em 2026.

O bolso do consumidor brasileiro pode sentir um novo impacto no próximo ano. O Governo Federal avalia elevar as alíquotas do Imposto de Importação para setores estratégicos, como o automotivo e o de aço, visando proteger a indústria nacional e arrecadar cerca de R$ 14 bilhões para fechar o Orçamento de 2026.

Carros podem ficar mais caros em 2026?

A medida é uma resposta ao aumento expressivo das importações, especialmente vindas da China, que redirecionou mercadorias para mercados alternativos após as barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos. Atualmente, o setor de automóveis demanda que o governo recomponha a tarifa de importação para o patamar de 35%.

Não é apenas o carro pronto que pode subir. O setor de aço, que projeta um aumento de mais de 30% nas importações em 2025, também pede mecanismos de defesa comercial. Como o aço é uma das principais matérias-primas da indústria automobilística nacional, uma eventual alta no seu imposto de importação geraria um efeito cascata, encarecendo também os veículos fabricados no Brasil.

Carros podem ficar mais caros em 2026? - Foto: Reprodução
Carros podem ficar mais caros em 2026? – Foto: Reprodução

Previsão: Quanto os carros podem subir?

Embora o governo ainda não tenha detalhado as novas alíquotas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), é possível traçar uma estimativa com base no pleito do setor de 35% de tarifa:

  1. Carros Importados: Se a recomposição tarifária chegar aos 35% solicitados, modelos que hoje entram com alíquotas reduzidas (como elétricos e híbridos que ainda estão em fase de transição tributária) podem sofrer reajustes diretos entre 10% e 20% no preço final, dependendo do repasse das montadoras.

  2. Carros Nacionais: Mesmo os veículos produzidos no Brasil não estão imunes. Se o imposto sobre o aço subir para proteger as siderúrgicas nacionais, o custo de produção aumentará. Especialistas do setor estimam que o repasse para o consumidor em modelos nacionais pode variar entre 3% e 7%, considerando o peso do aço na estrutura do veículo.

O fator “Arrecadação”

A meta de arrecadar R$ 14 bilhões extras foi aprovada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e consta no relatório da senadora Dorinha Rezende. Isso indica que a elevação das alíquotas é uma peça-chave para o equilíbrio fiscal do governo no próximo ano, tornando a aprovação da medida bastante provável.

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.