A falta de semicondutores que também abala o mercado de carros a combustão e a escassez de lítio para a produção de baterias são parte do problema de encarecimento dos carros elétricos. Assim como no Brasil, os EUA também afrenta dificuldades em reduzir os custos dos veículos.
Preço alto dificulta a popularização dos carros elétricos nos EUA
Atualmente muito se fala em reduzir emissões de poluentes, como é necessário pensar em novos combustíveis alternativos e como a energia elétrica deve estar aliada ao processo de descarbonização dos carros.
Porém, o alto preço para adquirir um carro elétrico ainda é um problema que parece persistir e dificultar as vendas.
O Congresso norte-americano pensa em soluções para baratear o segmento, com a redução de impostos e credito discal. No entanto, para muitas montadoras tal benefício se restringe apenas a uma pequena parcela dos veículos.
Para especialistas da região é preciso desenvolver medidas mais abrangentes com a intenção de disseminar o uso dos modelos em diferentes categorias de consumidores, uma vez que grande parte do público atual é de classe alta.
O preço é o principal responsável por dificultar o interesse em um carro elétrico, e o atual cenário não é favorável para o segmento. A escassez de semicondutores e de matérias-primas como o lítio para a produção das baterias são algumas das justificativas.
Torna-se quase que um círculo vicioso: os carros elétricos são caros por falta de incentivos e escassez de produtos, o que torna a compra restrita a uma parcela mais rica da sociedade. O que por sua vez desmotiva as montadoras a desenvolverem produtos mais acessíveis.
A falta de estrutura pública como pontos de recarga espalhados pelas cidades também são fatores que contribuem para a baixa adesão.
Infelizmente, de acordo com especialistas os motivos pelos quais tornam um carro elétrico mais caro irão demorar anos para serem resolvidos. Uma das soluções encontradas por diferentes marcas é a fabricação própria de baterias e chips, algo que fará com que elas não dependam da produção e disponibilidade externa.
Para método de comparação, um veículo elétrico na região tem preço inicial de US$ 40 mil, algo em torno de R$ 204,4 mil se convertido. Porém, os veículos com preços mais reduzidos tiveram pausa na aceitação de pedidos justamente porque a produção não acompanha a demanda.
Para o diretor-geral sênior da Accenture, empresa de consultoria, Axel Schmidt, as montadoras “não estão dando descontos porque a demanda é maior que a oferta”. Ainda de acordo com o especialista, “a tendência geral nesse momento é que ninguém está interessado em preços baixos.”
Soluções devem ser emergenciais
Porém, o segmento pede certa urgência uma vez que o transporte é responsável por cerca de 27% das emissões de poluentes de gases de efeito estuda nos Estados Unidos. A informação é da Agência de Proteção Ambiental do País, a EPA.
