Carros elétricos podem ter grandes avanços em vendas durante 2024

Entenda as mudanças do setor automotivo para os carros elétricos

Se o retorno das alíquotas dos impostos para os carros híbridos e elétricos foi um banho de água fria na indústria automotiva, uma medida provisória (MP), que instaura o “Programa Mobilidade Verde e Inovação — Mover”, promete renovar as esperanças do mercado. 

 

Ora 03 é o primeiro carro elétrico da GWM produzido no Brasil (Foto: Divulgação)

Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) do último sábado do ano de 2023 (30), o governo federal lançou o Mover.

De maneira resumida, trata-se de um programa que tem como uma das metas estimular a produção de carro sustentável. Além disso, ele incentiva pesquisas que têm como foco a indústria de mobilidade. 

Programa Mover: entenda o que já sabemos 

  • O objetivo do programa é diminuir em 50% a emissão de carbono até 2023

  • Para isso, os carros devem sair de suas fábricas mais econômicos. Ao mesmo tem, exige que os automóveis sejam mais seguros e menos poluentes, como são os casos dos carros elétricos e híbridos

  • Acredita-se que o Mover é mais moderno em relação ao Rota 2030, que foi implementado em 2018. Também é melhor estruturado que o seu antecessor, o Inovar Auto, que nasceu em 2012 

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O que muda com o programa Mover? 

  • Entre os principais avanços do programa, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Garagem360 destaca a sua própria definição

  • Agora, ele é classificado como “Mobilidade e Logística Sustentável de Baixo Carbono”

  • Isso significa que todos as modalidades de veículos que provocam danos ao meio ambiente serão incluídos no programa

 

Produção de carro elétrico no Brasil deve beneficiar montadora – (Foto: Divulgação)

Programa aumenta requisitos para veículos produzidos no Brasil 

  • A expansão dos requisitos obrigatórios de sustentabilidade para os automóveis produzidos no Brasil também chama a atenção no documento

  • Por exemplo: a medição das emissões de carbono, intitulada de  “do poço à roda”, entra em vigor com a medida. Isto é: será considerado todo o ciclo da fonte de energia utilizada

  • Para exemplificar, imagine o etanol. Serão envolvidas na medição todas as etapas, desde a plantação da cana até a queima de combustível

    • Na prática, ela passará por etapas como: colheita, pelo processamento e pelo transporte

  • A propósito, a mesma lógica vale para outras fontes propulsoras, entre as quais: bateria elétrica, gasolina e biocombustível.

“O Brasil será o primeiro país do mundo a usar esse sistema para medir as emissões de carbono”, explica Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. 

Ele completa: 

“A medição do poço à roda vai melhorar a política pública, ajudar nas decisões das empresas e dar ao mundo mais um sinal claro do nosso compromisso com descarbonização, o que pode estimular investimentos no país”, finaliza.

Veja outras novidades do programa

Em comunicado enviado à imprensa, o governo federal diz que:

O Rota 2030 estabeleceu que todos os veículos comercializados no país deveriam participar do programa de Rotulagem Veicular, com requisitos de segurança e de eficiência energética que levam em consideração as emissões “do tanque à roda”. Agora, a eficiência energética será medida também pelo sistema “do poço à roda” e haverá exigência de material reciclado na fabricação dos veículos, com índice mínimo ainda não definido, mas que deverá ficar acima de 50%. Outra novidade é que a partir de 2027 haverá medição da pegada completa de carbono dos veículos vendidos no Brasil, numa classificação conhecida como “do berço ao túmulo”.

 

Ora 03 é econômico e polui menos o planeta – (Foto: Divulgação)

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Escrito por

Matheus Azevedo

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