Carros elétricos mais baratos podem ser realidade no Brasil; saiba como

De acordo com o diretor da ABLA, maior frota de elétricos entre as locadoras é essencial para deixar carros elétricos mais baratos no Brasil

De acordo com a associação de locadoras de automóveis, o Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro, precisa de políticas de mobilidade para popularizar os carros elétricos e deixá-los mais baratos. Segundo a entidade, somente 1,5% do total de veículos elétricos emplacados pelas locadoras no País estão no estado do Rio de Janeiro. Veja detalhes.

Carros elétricos podem ser mais populares no país através de frotas em locadoras (Foto: Divulgação)

Política de mobilidade para carros elétricos é necessária para popularizar o segmento, informa ABLA

Em 2021 as locadoras superaram a marca de 3.519 mil veículos híbridos e elétricos na frota do setor (somando autos, comerciais leves, caminhões, ciclomotores, ônibus, motos e outros).

Atualmente o Estado do Rio de Janeiro possui aproximadamente apenas 1,5% do total de veículos híbridos e elétricos emplacados pelas locadoras no Brasil, conforme estatísticas da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).

O diretor da associação no Rio, Daniel Bittencourt, aponta que a criação de projetos que incluam o aluguel de automóveis elétricos nas frotas públicas e privadas é essencial para fazer com que, não só o estado, mas o País avance na massificação de elétricos.

“Seria um passo inicial importante para o objetivo de popularizar a eletrificação”, diz Bittencourt.

Para o diretor da ABLA, se trata de uma tendência natural do uso de carros elétricos por meio de aluguel.

“Não será possível uma expansão em massa sem envolver locadoras e grandes frotistas”, afirma.

Conforme a associação, entre os usuários, a aceitação é surpreendente. “É visível o desejo por mais sustentabilidade e isso se aplica também ao transporte, mas as locadoras precisam de volume para que possam investir com ênfase e mais rapidamente em modelos do gênero”, acrescenta o diretor.

Diretor da ABLA explica que os usuários estão abertos a opções mais sustentáveis (Foto: Divulgação)

Rota 2030 iniciou o processo de popularização dos veículos elétricos no país, mas ainda falta benefícios para deixar carros elétricos mais baratos

No Brasil, o Programa Rota 2030 tenta fomentar os carros eletrificados desde 2018. Mas ainda há poucos benefícios para veículos do tipo no País.

“Ainda há muitos entraves. É necessário ter uma política de mobilidade específica a se seguir. Assim como incentivos para estimular a adesão. Nem tudo é questão de dinheiro, mas boa vontade em encontrar soluções”, diz Bittencourt.

A padronização dos conectores outro fator que, segundo o diretor da ABLA, é crucial para a massificação do carro elétrico no Brasil.

“Há uma tendência natural ao padrão europeu T2, mas o mais próximo que temos hoje em dia de algo oficial é que os órgãos federais têm uma normativa que, na compra de carro elétrico, ele tem que ser nesse padrão”, explica.

O especialista ainda afirma que os carros chineses, principalmente os mais simples, que não são comercializados na Europa, utilizam um padrão chamado GB/T. E há ainda o padrão japonês, que faz necessário o uso de um adaptador”.

De acordo com Bittencourt, outro ponto essencial é com relação a necessidade de eletro-postos em ambientes externos e em grande quantidade, já que o abastecimento deste tipo tende levar mais tempo que os combustíveis.

“Precisa fazer parte da rotina do usuário de carro elétrico, para não atrapalhar o dia-a-dia”, finaliza o diretor da ABLA.

Modelos elétricos devem fazer parte da rotina dos usuários (Foto: Divulgação)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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