Carros de corrida de Fittipaldi são penhorados pela Justiça; entenda o caso

Entenda o caso que envolve o ex-piloto Emerson Fittipaldi e uma dívida de mais de R$ 416 mil que causou a penhora de alguns bens.

O Tribunal de Justiça de São Paulo penhorou alguns bens do ex-piloto Emerson Fittipaldi, com a intenção de sanar uma dívida de R$ 416 mil com a empresa de eventos Sax Logística. Entenda os detalhes do caso.

Emerson Fittipaldi tem bens penhorados pela Justiça de São Paulo (Foto: WikimediaCommons)

Emerson Fittipaldi tem bens penhorados pela Justiça de São Paulo

Emerson Fittipaldi é um dos grandes nomes do automobilismo brasileiro. O ex-piloto coleciona uma série de títulos, como o fato de ser o primeiro brasileiro campeão da Fórmula 1 e da Indy. No entanto, o passado não é feito apenas de vitórias, também há dívidas em aberto.

Uma delas corresponde ao valor de R$ 416 mil, devido a empresa de shows e eventos, Sax Logística. Diante disso, a Justiça de São Paulo, autorizou a penhora de alguns bens do ex-piloto para que o valor em aberto seja quitado.

A decisão foi assinada pela juíza Fabiana Marini, titular da 35º Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, na última terça-feira, 14.

Bens penhorados incluem carros de corrida e troféus situados no Museu do ex-piloto

De acordo com informações, os bens penhorados são os carros de corrida bem como os troféus que estão situados no Museu Fittipaldi, localizado no mesmo endereço da empresa do ex-piloto.

Lá estão os carros da Copersucar, usados em 1976, bem como o modelo usado por Emerson na Fórmula Indy em 1989, quando o ex-piloto venceu as 500 Milhas de Indianápolis.

Além dos veículos, os troféus do segundo titulo mundial de Fórmula 1 de 1974, e a taça do GP do Brasil de Fórmula 1, também estão situados no local.

Em virtude dos bens integrarem os itens do museu criado em 2003, a defesa do ex-piloto contestou a penhora, alegando que Fittipaldi não é o proprietário legal dos mesmos, e sim o museu.

No entanto, a juíza do caso recusou a contestação, alegando justamente o fato do endereço do museu e da empresa de Emerson serem os mesmos, causando uma “evidente confusão patrimonial”.

Copersucar (Foto: Lothar / Spurzem / Wekimedia)

Ao Estadão, o advogado da empresa que entrou com a ação contra Fittipaldi, Paulo Carbone, afirmou que “Vemos que os credores encontram dificuldade há bastante tempo para localizar bens dele e isso tem se arrastado. A informação é que o Emerson não mora no Brasil, daí a dificuldade de localização de bens.

Recentemente, fomos num endereço que eles alegam que seria o Museu Fittipaldi. Vemos alguns itens pessoais que têm valor, como troféus e carros antigos, que não chegam nem perto do valor da dívida. A defesa alega que seria um museu, mas o endereço é da casa dele.”

De acordo com o G1, Emerson Fittipaldi soma mais de 60 ações judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo. A soma da divida ultrapassa os R$ 27 milhões, e são resultados de negócios feitos pelo ex-piloto durante os últimos anos.

Carro usado para vencer as 500 Milhas em 1989 também está entre os bens penhorados (Foto: Morio / Wikimedia)

Com informações: Estadão, G1

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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