Carro movido à água salgada bate recorde de autonomia; conheça o Quantino 48 Volt

Conheça o carro movido à água salgada, trata-se do Quantino 48 Volt da nanoFlowcell, que usa eletrólitos para mover o propulsor.

Com o aumento constante dos combustíveis, novas alternativas que visam baratear o abastecimento de carros . Nesse caso, imagine abastecer o veículo com uma espécie de água salgada? É assim que o Quantino 48 Volt é movido, conheça o modelo.

Conheça o carro movido à água salgada da nanoFlowcell (Foto: Divulgação)

Quantino 48 Volt da nanoFlowcell é movido por água salgada composta por um líquido de eletrólitos

O crescimento dos carros elétricos pode ser justificado através do constante encarecimento dos combustíveis.

Atualmente, o preço médio da gasolina no mercado nacional é de R$ 7,218, porém, já é encontrada pelo valor de R$ 8,49, de acordo com o mais recente levantamento da ANP, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Porém, o alto preço para investimento dos carros elétricos é um dos motivos pelos quais o segmento ainda não se popularizou. Nesse caso, o valor mais alto é justificado pelo conjunto de baterias necessárias para armazenar a energia elétrica que move o propulsor.

Porém, novas soluções são pesquisadas e desenvolvidas a todo o momento, afim de estimular o mercado de carros elétricos.

A nanoFlowcell, por exemplo, apresenta o Quantino 48 Volt, trata-se de um carro 100% elétrico movido com uma espécie de água salgada composta por um líquido com eletrólitos, tanto positivos, quanto negativos.

Com mais de 500 mil quilômetros rodados em testes, o carro é alimentado por um acionamento elétrico de baixa tensão da nanoFlowcell.

O motor elétrico do veículo, tem uma potência de 80 kW e acelera o cupê de 700 kg da inércia até os 100 km/h em menos de 5 segundos. O trem de força puramente elétrico fornece ao Quantino uma velocidade máxima limitada eletronicamente de 200 km/h.

A empresa explica que ao contrário dos carros elétricos convencionais movidos a bateria, o veículo pode manter uma alta velocidade de cruzeiro constante sem o superaquecimento do sistema de acionamento elétrico.

Nesse sentido, o único fator limitante para alcance e velocidade é a capacidade dos tanques de eletrólitos.

Carro conta com dois tanques, cada um abastecido com eletrólitos positivos e negativos, que juntos, geram energia elétrica (Foto: Divulgação)

Como funciona o abastecimento do veículo

A diferença mais importante para um carro elétrico convencional movido a bateria é que a célula de fluxo nanoFlowcell do Quantino não é carregada com eletricidade, mas é reabastecida com eletrólitos bi-ION.

Ou seja, o reabastecimento do carro é semelhante ao de um carro veículo convencional com motor de combustão.

Porém, ao contrário dos combustíveis fósseis, o fluido eletrolítico bi-ION não é inflamável, não é explosivo e, além disso, não é prejudicial à saúde ou ao meio ambiente.

O modelo já percorreu mais de 500.000 quilômetros, o equivalente a 12,5 viagens de volta ao mundo com 100% de sucesso.

Durante o período de teste, o consumo médio foi de cerca de 16 litros de fluido eletrolítico bi-ION por 100 quilômetros, o que equivale a 10kWh.

O carro possui dois tanques de 95 litros cada, sendo um reservatório abastecido com eletrolítico bi-ION carregado positivamente e outro negativamente. Através da junção, o modelo tem um alcance de cerca de 1.140 quilômetros.

“Decidimos fazer a maioria dos test drives em estradas reais e não em bancos de testes. Isso significa que os 500.000 quilômetros percorridos não apenas sobrecarregam o Quantino, mas também os pilotos de teste”.

“No entanto, tivemos que fazer isso para obter resultados absolutos e verdadeiros em termos técnicos e não apenas resultados ‘próximos do real’ ou ‘quase realista’”, disse Nunzio La Vecchia, CEO da nanoFlowcell Holdings e desenvolvedor do fluxo nanoFlowcell célula.

“Por exemplo, o consumo médio que estamos comunicando para o QUANTiNO é maior do que se tivéssemos medido de acordo com o WLTP (Worldwide Harmonized Light-Duty Vehicles Test Procedure). Isso ocorre porque estamos calculando o consumo real de energia durante os test drives e não contando com cálculos de bancada de testes”.

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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