Carro mais barato do Brasil ficou 50,5% mais caro em um ano; saiba o motivo

O carro mais barato do Brasil ficou mais caro no último ano, tendo em vista as dificuldades de produção, inflação e o gosto do consumidor.

Comprar um carro zero ficou bem mais caro em um período de um ano. Os motivos são vários: inflação, falta de componentes, novas leis de emissão de poluentes e de segurança, e claro,  o consumidor. Dessa forma, veja em detalhes os motivos pelos quais o carro mais barato do Brasil ter ficado mais de 50% mais caro.

Carro mais barato do Brasil ficou 50% mais caro em 2022 (Foto: Divugação)

Renault Kwid continua a ser o carro mais barato do Brasil, mas ficou bem mais caro

Não é só a gasolina que tem pesado mais no bolso do consumidor brasileiro. Comprar um carro novo também exige mais investimento. Para método de comparação , o Renault Kwid em sua versão mais em conta ficou mais de 50% mais caro no período de um ano, comparativo entre os meses de fevereiro de 2021 e 2022.

Para entender a elevação é preciso ter em mente que diversos fatores são levados em consideração. Como aumento do dólar, novas leis e o gosto do consumidor, que também impactou o número de vendas dos carros mais básicos.

Em fevereiro de 2021, o carro mais barato do Brasil era o Renault Kwid Easy. A versão de entrada do subcompacto da montadora francesa. Na época ele não saia por menos de R$ 39.790.

Já um ano depois, o Kwid continuou a ser o mais em conta entre os 0 km, no entanto, na nova versão de entrada, a Zen, que tem preço de R$ 59.890. Diferença de R$ 20.100.

De acordo com a própria montadora, a configuração Easy representava uma parcela muito mínima de vendas do veículo, o que demonstrava como o gosto do consumidor, justificando que versões mais “peladas” não agradam mais o público.

Versão Easy deixou de fazer parte do lineup da montadora para o Brasil (Foto: Rodolfo Buhrer / Divulgação)

Inflação e aumento do dólar influenciam até os modelos de produção nacional

Um dos fatores que tem encarecido o carro no mercado nacional é o aumento do dólar. Mesmo com produção nacional, muitas peças, componentes e até matérias-primas usadas na composição do veículo são compradas no mercado externo e em dólar.

Dessa forma, com a desvalorização do real perante a moeda norte-americana nos últimos meses, essas aquisições deixaram a produção mais cara e o aumento de preços é repassado das montadoras para o consumidor.

Novas leis de emissões de poluentes e equipamentos obrigatórios de segurança também deixam o carro mais caro

Outro fator que deve ser considerado quando o assunto é o aumento de preços dos carros no mercado nacional é o fato que as novas leis de emissões de poluentes bem como os equipamentos obrigatórios de segurança deixam o custo de produção mais elevado.

Falta de componentes somente influenciou o aumento de preço do carro mais barato

Todos os fatores acima foram impactados ainda mais após as dificuldades de produção dos veículos 0 km. Ainda como consequência da pandemia, as linhas de produção das montadoras ficaram com escassez de determinados semicondutores automotivos.

Dessa forma, com a maior demora de produção, estoques mais em baixa os preços – que já estavam em alta  – ficaram ainda mais elevados.

Novos equipamentos de segurança deixam os carros mais caros (Foto: Divulgação)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

wpDiscuz
Sair da versão mobile