Carro elétrico vs. combustão: qual custa menos para manter no Brasil? Revelamos
Afinal, quanto custa ter um carro elétrico no Brasil? Analisamos recarga, manutenção, seguro e IPVA para revelar qual pesa menos no bolso.
Saber quanto custa ter um carro elétrico vai muito além do valor na etiqueta de preço. Envolve gastos com recarga, manutenção, seguro e impostos, que definem o verdadeiro peso do veículo no seu orçamento mensal e decidem a briga contra o modelo a combustão. Acompanhe o Garagem360 e descubra!
Afinal, quanto custa ter um carro elétrico no dia a dia?
Vamos lá, a resposta para essa pergunta está na ponta do lápis, e a conta começa pela maior vantagem do elétrico: o custo para “abastecer”. Enquanto o preço da gasolina segue elevado, encher o “tanque” de um carro elétrico em casa é significativamente mais barato, representando uma das maiores economias a longo prazo.
Atualmente, o preço médio do kWh residencial no Brasil, segundo a , fica em torno de R$ 0,70. Considerando um carro elétrico popular com uma bateria de 40 kWh, uma recarga completa (0 a 100%) custaria cerca de R$ 28.
Para percorrer os mesmos 300 km com um carro a combustão que faz 12 km/l, o gasto com gasolina a R$ 6,00/litro passaria de R$ 150,00. Ou seja, a economia diária é evidente.
Manutenção
Outro ponto forte do carro elétrico é a manutenção mais barata. Por ter uma mecânica muito mais simples, com centenas de peças a menos que um motor a combustão, as visitas à oficina são menos frequentes e, em geral, mais em conta. A economia pode chegar a 40% em comparação com um veículo convencional.
No entanto, é preciso estar atento a um detalhe importante. Embora a manutenção preventiva seja mais barata, os reparos em caso de colisão podem custar mais caro. Um estudo do portal aponta que o conserto de um elétrico pode ser até 20% mais caro, devido à necessidade de mão de obra especializada e ao custo elevado de peças específicas, como as baterias.
O que o carro elétrico NÃO tem?
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Filtros de óleo e combustível;
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Velas de ignição;
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Sistema de escapamento;
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Correia dentada;
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Embreagem.
Seguro e IPVA
Aqui, a balança fica mais equilibrada. Atualmente, o seguro para carros elétricos ainda tende a ser um pouco mais caro que o de modelos a combustão equivalentes. As seguradoras justificam os valores mais altos pela falta de um histórico consolidado de sinistros e pelo alto custo de reparo das baterias.
Contudo, essa diferença vem diminuindo à medida que a frota de elétricos cresce no país. Já no quesito impostos, os elétricos levam grande vantagem. Diversos estados brasileiros oferecem isenção ou alíquotas reduzidas de IPVA como incentivo.
Em locais como o Distrito Federal, Pernambuco e Rio Grande do Sul, a isenção é total. No Rio de Janeiro, por exemplo, a alíquota é de apenas 0,5%, enquanto um carro a combustão paga 4%. Essa economia anual pode fazer uma grande diferença no custo total de propriedade.
Bateria
A bateria é, sem dúvida, o componente mais caro e que mais gera dúvidas nos consumidores. A vida útil é estimada entre 8 e 10 anos, e as fabricantes geralmente oferecem garantias que cobrem esse período. A substituição, caso necessária fora da garantia, tem um custo elevado, variando de R$ 30 mil a mais de R$ 70 mil.
Contudo, é importante destacar que a bateria não “morre” subitamente. O que acontece é uma degradação natural e gradual de sua capacidade de reter carga. Mesmo após uma década de uso, ela ainda será funcional, apenas com uma autonomia menor que a original.
Colocando todos os custos na balança, o carro elétrico se mostra uma opção financeiramente vantajosa para quem roda bastante e planeja ficar com o veículo por mais tempo. A economia gerada no dia a dia com recarga e manutenção compensa o investimento inicial mais alto.
E você, acredita que os custos de manutenção de um carro elétrico compensam? Deixe sua opinião nos comentários!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.