Cancelamento de corridas do Uber e 99 vão parar no Procon; entenda!

O cancelamento de corridas da Uber e 99 fez com que o Procon do Rio de Janeiro notificasse as empresas a dar esclarecimentos, veja!

A alta nos combustíveis e outras questões está fazendo com que os motoristas de transportes por aplicativos fiquem mais seletivos às corridas que decidem fazer. No entanto, a prática de cancelamento, bem como a demora na espera por uma corrida, fez com que o Procon do estado do Rio de Janeiro notificasse a Uber e a 99. Enquanto isso, os motoristas explicam o motivo dos cancelamentos. Veja a seguir!

Uber e 99 são notificadas pelo Procon do RJ (Foto: Pixabay)

Transporte por aplicativo: Uber e 99 são notificadas pelo Procon do RJ

As empresas de transportes por aplicativos foram notificadas pelo Procon do Rio de Janeiro. A instituição tem como principal objetivo assegurar ao consumidor ampla transparência nas negociações de compra, sendo rápido e eficaz na aplicação das leis que regulamentam o mercado, e faz valer o Código de Defesa do Consumidor.

Dessa forma, após inúmeras reclamações feitas pelos usuários dos aplicativos de corrida, a entidade notificou as empresas a prestar esclarecimentos sobre as questões alegadas.

As reclamações feitas pelos usuários da Uber e 99

Acontece que nos últimos tempos, a demora para que uma corrida solicitada seja aceita está muito maior do que o comum. O tempo de espera passa dos 20 minutos, em alguns casos é necessários esperar cerca de uma hora ate que um motorista aceite realizar a viagem.

Além disso, para piorar toda a situação, muitos usuários ainda alegam que alguns motoristas aceitam a corrida, mas que nunca chegam ao local de encontro, prática que força o próprio solicitante da viagem a cancelar a corrida e pagar a taxa que a empresa cobra nesses casos.

Para método de comparação, até o mês de outubro de 2021 a Uber já recebeu carca de 773 reclamações. Já durante todo o período de 2020, entre os meses de janeiro a dezembro, o total foi de 770. Ou seja, faltando ainda dois meses para encerrar o ano, 2021 já possui mais queixas do que o ano de 2020 inteiro.

Se analisarmos a 99, o cenário é mais preocupante. Isso porque até o último mês de outubro a empresa recebeu 225 reclamações. Já durante todo o ano de 2020 o total foi de apenas uma.

O presidente do Procon do RJ, Igor Costa afirmou que “O cancelamento excessivo torna ruim a qualidade dos serviços. Queremos saber qual a razão dos cancelamentos.”

Procon do RJ exige esclarecimentos (Foto: Pixabay)

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Alta do preço dos combustíveis pode justificar a ação dos motoristas

Por outro lado, muitos motoristas de aplicativo, seja da Uber ou da 99, se queixam pois afirmam que o valor que recebem para realizar as corridas não estão mais condizentes com o preço que pagam pelo combustível.

Com a alta elevada do preço da gasolina e do etanol, o lucro por cada corrida é reduzido, por vezes chega a ser nulo.

Para tentar incentivar e auxiliar os prestadores de serviço das plataformas, ambas as empresas lançaram planos de apoio ao motorista. A Uber por exemplo, afirmou que através de parceira com redes de postos de combustível oferece descontos e até 20% de cashback aos condutores.

A 99 por sua vez, afirmou ter reajustado em 10% a 25% os ganhos dos parceiros para que as dificuldades que enfrentam sejam amenizadas.

Alta nos combustíveis pode ser justificativa dos cancelamentos (Foto: Pixabay)

Os motoristas de aplicativos, como o Uber e 99, vêm falando sobre a situação atual e explicam o motivo dos cancelamentos. Por exemplo, de acordo com o apurado pelo jornal O Estado de São Paulo, o reajuste do ganho desses trabalhadores fora anunciado em setembro pelas empresas Uber e 99. Mas, os motoristas ressaltam que tais reajustes foram insuficientes.

O jornal, inclusive conversou com diversos motoristas de aplicativos e, de acordo com eles, a mudança feita a partir de setembro desde ano foi tímida.

Isso porque, os entrevistados pelo OESP explicaram que só o combustível teve alta de mais de 50%. O reajuste, por sua vez, é de no máximo 35%, mas em muitas regiões chefa a ser de apenas 10%.

Por exemplo, para um entrevistado pelo mesmo jornal, motorista de aplicativo, o valor repassado aos motoristas deveria subir entre 30% e 35% para recompor os custos – o que não vem ocorrendo e um dos principais motivos dos cancelamentos.

Fontes: Jornal O Globo, TV Brasil, O Estado de São Paulo e Uol Economia

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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