BYD fez o que nenhuma montadora conseguiu no segmento de carros elétricos

No último sábado (23), a montadora chinesa BYD estabeleceu um novo recorde de vendas de carros elétricos no País.

No último sábado (23), a BYD estabeleceu um novo recorde de vendas de carros elétricos e híbridos.

Foram vendidas 603 unidades nas concessionárias da marca chinesa todo o País num único dia, algo que nunca antes havia sido registrado no mercado brasileiro.

BYD bate recorde de vendas de carros elétricos num único dia

Modelo 100% elétrico BYD Dolphin é o novo líder de vendas do segmento (Foto: Divulgação/BYD)

O volume recorde de vendas foi alcançado na edição de setembro do Electric Day da BYD.

As 603 unidades comercializadas representam um crescimento de quase 100% comparado ao recorde anterior da montadora – 309 carros no dia 15 de julho.

O BYD Dolphin liderou as vendas no dia 23, com 226 unidades, seguido pelo Song Plus DM-i com 208 e pelo BYD Seal com 122 unidades.

Na avaliação da montadora, o desempenho recorde comprova que os motoristas brasileiros estão cada vez mais convencidos dos benefícios de ter um carro elétrico – que garante mais tecnologia, performance e sustentabilidade.

O novo recorde de vendas no último sábado é uma prova da confiança dos brasileiros nos carros da BYD e mais um passo rumo a um futuro mais verde e sustentável. Nossas concessionárias em todo o País ficaram lotadas durante todo o sábado e estamos muito felizes com o resultado”, comemora Alexandre Baldy, conselheiro especial da BYD.

Para se ter uma ideia do tamanho do sucesso obtido com o Electric Day, em todo o mês de agosto a BYD havia comercializado 656 carros e ficou com os três primeiros lugares da lista com os modelos Dolphin, D1 e Yuan.

Todas as outras montadoras emplacaram 511 carros no mês inteiro de agosto.

Ou seja, em apenas um sábado a BYD vendeu mais carros do que todos os concorrentes juntos no mês inteiro de agosto.

BYD consolida sua liderança no segmento carros de elétricos

A BYD já havia ficado em primeiro lugar no ranking de emplacamentos de veículos 100% elétricos no mês de agosto.

Os 656 carros comercializados representam um número seis vezes maior do que a segunda colocada, a Volvo, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

A chegada do BYD Dolphin provocou uma revolução no mercado de veículos elétricos a bateria (BEV).

Com preço de R$ 149.800, o modelo já vendeu 4,5 mil unidades desde o lançamento (em 28 de junho), tornando-se o carro 100% elétrico mais vendido de todos os tempos no País.

Crescimento exponencial no segmento de eletrificados

BYD Seal, sedã 100% elétrico da marca chinesa (Foto: DIvulgação/BYD)

No mundo, a BYD levou 13 anos do carro elétrico número 1 até o carro eletrificado 1 milhão. Depois foram 18 meses entre o carro 1 milhão e o 3 milhões e apenas nove meses entre o carro 3 milhões e o carro 5 milhões que saiu da fábrica em agosto deste ano.

A  BYD é a líder mundial na fabricação e venda de veículos eletrificados (elétricos + híbridos).

A montadora se dedica a fornecer soluções de energia com emissão zero que reduzem a dependência global de combustíveis fósseis que vão desde a captação de energia solar, armazenamento e suas aplicações.

Em março de 2022, a BYD foi a primeira empresa automotiva do mundo a interromper oficialmente a produção de veículos apenas com motor de combustão.

Acrônimo para “Build Your Dreams” (construa seus sonhos), a BYD chegou ao Brasil em 2015. O investimento inicial da empresa foi na implantação de uma fábrica de ônibus em Campinas, no interior de São Paulo.

Nessa unidade, a montadora de origem chinesa produz veículos leves sobre pneus (VLPs), que são grandes ônibus articulados que circulam por ruas pavimentadas – à semelhança do que o VLT faz sobre trilhos.

Dois anos mais tarde, a empresa abriu uma segunda fábrica, também em Campinas, para a produção de módulos fotovoltaicos.

A ideia é de que suas lojas vendam equipamentos para que os clientes da marca possam gerar, eles mesmos, energia para recarregar seus carros elétricos, sem custo.

Para equipar a frota de ônibus elétricos, a empresa iniciou, em 2020, a operação de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (PIM), dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO4).

Além disso, a empresa liderou dois projetos de monotrilho no País.

Em Salvador, foi fornecedora do VLT do Subúrbio, e na cidade de São Paulo implantou a Linha 17 (Ouro) do Metrô.

Com relação aos automóveis de passeio, a estratégia da BYD é conquistar o mercado brasileiro aos poucos. O primeiro modelo foi apresentado ao público brasileiro em novembro de 2021, o SUV Tan EV (100% elétrico), que passou a ser comercializado em março seguinte por meio do site da montadora.

A primeira concessionária da marca foi aberta no início em maio do ano passado em São Paulo, ao mesmo tempo que a marca apresentava novos modelos de carros elétricos e híbridos. 

A partir de então, já tendo percebido uma boa receptividade do público brasileiro, a BYD acelerou o processo.

A marca encerrou 2022 com 45 concessionárias abertas em cidades de diversos Estados, com planejamento para chegar a 100 ao final deste ano.

Nacionalização é ponto fundamental para os planos de expansão da BYD no Brasil

O CEO da BYD, Tyler Li e o governador Jerônimo Rodrigues anunciam investimento na Bahia (Foto: DIvulgação/BYD)

No início de julho último, após meses de negociação, a BYD concluiu a aquisição de uma antiga fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia.

Com investimentos da ordem de R$ 3 bilhões, a montadora chinesa irá adequar a unidade fabril para a produção de veículos elétricos.

Na avaliação estratégica da BYD, a produção local de elétricos permitirá oferecer veículos a preços mais baixos no mercado nacional, expandindo suas vendas.

No mês de agosto, a montadora anunciou os planos de criar um centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) em Salvador, capital do Estado.

O objetivo principal é desenvolver tecnologia para um motor híbrido flex para futuros modelos da marca.

Veja também: Teste: BYD Dolphin é o carro elétrico com ótimo custo-benefício

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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