Brasileiros levam mais de três anos para trocar de carro, revela pesquisa
Levantamento aponta que a maioria dos brasileiros demora mais de 3 anos para trocar de carro; veja motivações de compra indicadas pelo estudo
De acordo com levantamento, mais de um terço dos brasileiros demora mais de três anos para trocar de carro, e apenas 17% dos que responderam afirmam ter intenção de trocar de automóvel em menos de um ano.
Levantamento afirma que maioria dos brasileiros leva mais de 3 anos para trocar de carro
Conforme levantamento feito pela Webmotors, portal de compra e venda de automóveis, o público brasileiro demora mais de três anos para trocar de carro, correspondendo a 36% dos entrevistados. Por outro lado, 30% dos respondentes preferem fazer isso em até dois anos e 17% em até um ano.
Quando o assunto é o bolso do consumidor, 50% de quem tem renda entre quatro e dez salários mínimos declaram ter a intenção de realizar a substituição do veículo comprado “em até dois anos” – a maior taxa de troca no menor prazo, na comparação com o detectado entre os demais extratos sociais.
Para os consumidores com renda acima de 20 salários mínimos, a previsão de troca também é maior no período “de até dois anos”, mas somente para 38% dos entrevistados. Já para aqueles com rendimento entre dez e 20 salários mínimos, a maior concentração de previsão de troca fica “em mais de três anos” (55%).
Ainda sobre o tempo estimado para troca do veículo, observa-se uma significativa diferença no comportamento entre homens e mulheres.
“De acordo com o estudo, o público feminino que pretende mudar de carro em até um ano é 10% maior do que o masculino. Já o total de homens que desejam trocar de veículo em até três anos é 10% maior em relação às mulheres. Esses números contrariam o senso comum de que os homens são consumidores mais assíduos de carros do que as mulheres”, observa a CMO da Webmotors, Cris Rother.
O que motiva o brasileiro a trocar de carro
Quando questionados sobre as motivações para comprar o seu primeiro carro, os entrevistados apontaram, sobretudo, a “necessidade” (30%), a “realização de um sonho” (22%) e a “comodidade” (18%).
No recorte por extrato social, esses números mudam consideravelmente. Entre as pessoas com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, “realização de um sonho” é o motivo principal para 30% dos entrevistados. Para quem tem renda entre dez e 20 salários mínimos, a “necessidade” aparece como a maior razão da compra (39%).
Já na opinião de consumidores com renda acima de 20 salários mínimos, há um empate triplo entre “necessidade”, “realização de um sonho” e “liberdade” – as três opções foram apontadas, igualmente, por 23% dos entrevistados dessa camada social.
Internet é o principal meio para pesquisar informações sobre automóvel desejado
No que se refere à busca de informações para tomada de decisão sobre a compra, a internet situa-se no topo das opções dos consumidores (71%), independentemente da classe social ou do gênero.
Familiares (53%) e amigos (51%) são, respectivamente, a segunda e a terceira opções mais utilizadas. “A força do meio digital tende a aumentar cada vez mais, seja na pesquisa, no test-drive virtual e até mesmo na operação de pagamento”, estima Rother.
O estudo “Jornada do Comprador”, conduzido pela empresa em parceria com a Midminers, ouviu 120 pessoas com idade acima de 18 anos, no período de 26 de junho a 7 de julho de 2022.
A amostragem teve em sua composição 52% de mulheres e 48% de homens, a maioria deles na faixa etária de 25 a 34 anos (49%) e com renda entre dez e 20 salários mínimos (46%). Apenas entrevistados que já tinham afirmado em um estudo anterior ter comprado um veículo há alguns anos participaram do levantamento.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.