Brasil pode ter seu 1º laboratório para testar baterias de carros elétricos

O Inmetro pretende implantar o seu 1º laboratório para testar bateria de carros elétricos. Ele será em seu parque tecnológico de Duque de Caxias-RJ

O Brasil pode dar mais passo bastante importante no mercado de carros elétricos. Isso porque o Inmetro pretende implantar o seu 1º laboratório para testar bateria de veículos eletrificados. Um memorando de entendimento do projeto será assinado nesta terça-feira (31/08).

O anuncio foi feito pelo próprio órgão em comunicado a imprensa. De acordo com ele, o protocolo também será assinado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e o organismo de certificação de produtos sul-coreana PCN. Isso acontecerá na sede do Inmetro, em Brasília.

Foto: Kumpan Electric/Unsplash.com

Brasil pode ter seu 1º laboratório para testar baterias de carros elétricos

E cada uma delas terá a sua função neste projeto. A para a instituição de ensino superior, por meio do complexo de Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios (LABELO), foi atribuída a missão de gerenciar o fundo arrecadado. Sem falar de construir o laboratório e comprar equipamentos.

Foto: Enerst Ojeh/Unsplash.com

Já a empresa asiática, por exemplo, irá ajudar a fazer ponte com potenciais investidores. Enquanto isso, o Inmetro irá ceder o espaço de Campus de Inovação e Metodologia para a construção do laboratório. Ele se  juntará a outros 57 laboratórios de alta tecnologia que fazem parte do parque tecnológico de Duque de Caxias-RJ. Este laboratório irá começar a operar em 2023.

“Algumas projeções indicam que, em 15 anos, mais de 60% da frota brasileira será de veículos elétricos ou híbridos. A partir disso, surge a importância de robustecermos a infraestrutura da qualidade do País neste segmento. Temos capacidade técnica para contribuir para o desenvolvimento de requisitos de segurança, pois a alta temperatura e o risco de incêndio são entraves da tecnologia, além de aprimorar técnicas já experimentadas de qualidade e autonomia”, disse o presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson.

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Foto: Charlotte Stowe/Unsplash.com

Este é apenas o primeiro passo desta parceria entre setores público e privado. Ainda ficará faltando a assinatura do contrato legal (com as bases finais). Este deverá ser feito apenas em dezembro deste ano. Sem falar que esta iniciativa está fundamentada no Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Futuro da mobilidade

Foto: Divulgação/Renault)

Este pode ser um passo para o futuro da mobilidade do Brasil. Muitos países já trabalham para reduzir as emissões no trânsito. Sem falar que a construção deste laboratório pode ser vital para o plano de eletrificação, Isso porque, de acordo com o Inmetro,  o Brasil “será pioneiro na América Latina no estabelecimento dos requisitos para este tipo de produto, podendo exportar tecnologia e conhecimento aos países vizinhos”.

No começo deste mês, a Anfavea realizou um evento importante. Ela divulgou os alguns dos desafios para a eletrificação. Segundo ela, alguns investimentos teriam que ser feitos para reduzir emissões. Estes ficaram por volta de R$ 150 bilhões. Também foram revelados os resultados de uma pesquisa feita pela Boston Consulting Group (BCG).

O “ANFAVEA: O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo” também serviu para a entidade mostrar três cenários possíveis para o setor automotivo. No plano “Inercial”, poucas mudanças seriam feitas. As vendas de carros elétricos representariam 12% de todos os carros vendidos, em 2030. Em 2035 seria 32%.

Foto: Divulgação/JAC Motors

Já o plano “Convergência Global” é um pouco mais ambicioso. Caso ele seja implementado, a comercialização de carros elétricos representará 62% em 2035. Entretanto, alguns investimentos terão que ser feitos. Neste caso, estamos falando de incentivos e infraestrutura.

Por fim, o cenário “Protagonismo Bicombustíveis”. Aqui, os protagonistas são os chamados combustíveis verdes.

 

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.

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