O Brasil pode dar mais passo bastante importante no mercado de carros elétricos. Isso porque o Inmetro pretende implantar o seu 1º laboratório para testar bateria de veículos eletrificados. Um memorando de entendimento do projeto será assinado nesta terça-feira (31/08).
O anuncio foi feito pelo próprio órgão em comunicado a imprensa. De acordo com ele, o protocolo também será assinado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e o organismo de certificação de produtos sul-coreana PCN. Isso acontecerá na sede do Inmetro, em Brasília.
Brasil pode ter seu 1º laboratório para testar baterias de carros elétricos
E cada uma delas terá a sua função neste projeto. A para a instituição de ensino superior, por meio do complexo de Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios (LABELO), foi atribuída a missão de gerenciar o fundo arrecadado. Sem falar de construir o laboratório e comprar equipamentos.
Já a empresa asiática, por exemplo, irá ajudar a fazer ponte com potenciais investidores. Enquanto isso, o Inmetro irá ceder o espaço de Campus de Inovação e Metodologia para a construção do laboratório. Ele se juntará a outros 57 laboratórios de alta tecnologia que fazem parte do parque tecnológico de Duque de Caxias-RJ. Este laboratório irá começar a operar em 2023.
“Algumas projeções indicam que, em 15 anos, mais de 60% da frota brasileira será de veículos elétricos ou híbridos. A partir disso, surge a importância de robustecermos a infraestrutura da qualidade do País neste segmento. Temos capacidade técnica para contribuir para o desenvolvimento de requisitos de segurança, pois a alta temperatura e o risco de incêndio são entraves da tecnologia, além de aprimorar técnicas já experimentadas de qualidade e autonomia”, disse o presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson.
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Este é apenas o primeiro passo desta parceria entre setores público e privado. Ainda ficará faltando a assinatura do contrato legal (com as bases finais). Este deverá ser feito apenas em dezembro deste ano. Sem falar que esta iniciativa está fundamentada no Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Futuro da mobilidade
Este pode ser um passo para o futuro da mobilidade do Brasil. Muitos países já trabalham para reduzir as emissões no trânsito. Sem falar que a construção deste laboratório pode ser vital para o plano de eletrificação, Isso porque, de acordo com o Inmetro, o Brasil “será pioneiro na América Latina no estabelecimento dos requisitos para este tipo de produto, podendo exportar tecnologia e conhecimento aos países vizinhos”.
No começo deste mês, a Anfavea realizou um evento importante. Ela divulgou os alguns dos desafios para a eletrificação. Segundo ela, alguns investimentos teriam que ser feitos para reduzir emissões. Estes ficaram por volta de R$ 150 bilhões. Também foram revelados os resultados de uma pesquisa feita pela Boston Consulting Group (BCG).
O “ANFAVEA: O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo” também serviu para a entidade mostrar três cenários possíveis para o setor automotivo. No plano “Inercial”, poucas mudanças seriam feitas. As vendas de carros elétricos representariam 12% de todos os carros vendidos, em 2030. Em 2035 seria 32%.
Já o plano “Convergência Global” é um pouco mais ambicioso. Caso ele seja implementado, a comercialização de carros elétricos representará 62% em 2035. Entretanto, alguns investimentos terão que ser feitos. Neste caso, estamos falando de incentivos e infraestrutura.
Por fim, o cenário “Protagonismo Bicombustíveis”. Aqui, os protagonistas são os chamados combustíveis verdes.