Brasil é o País que mais compra carro chinês no mundo: parceria de sucesso?

O Brasil é o País que mais compra carro chinês no mundo. É o que aponta a  Administração Geral de Alfândega da China, que considera principalmente os modelos destinados ao transporte de passageiros.

Brasil é o País que mais compra carro chinês no mundo

Em um marco histórico para o setor automotivo, o país se consolida como o principal importador de carros chineses do mundo, superando a Bélgica em um ranking que reflete a crescente eletrificação da frota nacional. 

Entre janeiro e abril de 2024, o Brasil recebeu  88,32 mil unidades de veículos 100% elétricos e híbridos. Números ligeiramente maiores dos 88,16 mil exportados à Bélgica no mesmo período. 

Em abril, mês em que alcançamos o topo do ranking das exportações chinesas, recebemos 40,9 mil unidades, muito próximo dos 47,4 mil embarcados em todo o primeiro trimestre do ano.

Vale ressaltar que, apesar da liderança em volume, a Bélgica ainda se mantém à frente no quesito valores brutos. De janeiro a abril, o país europeu importou US$ 2,38 bilhões em veículos chineses, ante US$ 1,84 bilhão do Brasil no mesmo período.

Outro ponto é que a Bélgica importa 98% de carros puramente elétricos, enquanto aqui mantemos uma paridade com os modelos híbridos. Considerando elétricos e híbridos, o percentual brasileiro é de 51% puramente elétrico e 36% de híbridos plug-in, que pode ser recarregado na rede elétrica domésticas ou em estações de carga rápida. 

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Quantos veículos elétricos são vendidos no Brasil?

Esse cenário é impulsionado pela crescente demanda por eletrificados no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Automotores (ABAVE), as vendas em abril chegaram a 15.206 unidades, um crescimento de 12% em relação a março (13.613) e de 217% sobre abril de 2023 (4.793).

Mesmo em um momento em que o Brasil passou a tributar a importação de veículos elétricos e híbridos. Além disso, há um cronograma de aumento gradativo das alíquotas

Ou seja, não se pode atribuir essa tendência aos incentivos fiscais, mas sim a maior conscientização ambiental da população, necessidade de economizar com combustíveis fósseis, a expansão da oferta de eletrificados pelas montadoras e principalmente a expansão das montadoras chinesas. 

Ainda assim, os custos são menores do que nos países membros da União Europeia, que recentemente taxaram em 38% a importação de carros chineses. Nos Estados Unidos foi pior, com taxação de 100% para os veículos.