Boeing 727 realiza último voo comercial: relembre sua história
Descontinuado em 1984, o Boeing 727 realizou seu último voo comercial apenas nessa semana. O modelo responsável pela despedida foi um da série...
Descontinuado em 1984, o Boeing 727 realizou seu último voo comercial apenas nessa semana. O modelo responsável pela despedida foi um da série 200 Advanced, com 38 anos de idade. Operado pela Iran Aseman Airlines, o voo EP851 partiu de Zahedan, no Irã, com destino a Teerã, capital iraniana, encerrando a trajetória de um dos aviões mais importantes de todos os tempos.
A história do 727 começa na década de 1960. Feliz com o sucesso do 707, a Boeing queria lança uma nova aeronave para distâncias médias e curtas, para ampliar a sua oferta de modelos. Após diversos projetos, a empresa decidiu investir em um avião de três motores traseiros. O primeiro voo foi em 1964, com um 727-100. Porém, a versão de maior sucesso veio apenas em 1967, com o lançamento do 727-200.
Boeing 727 no Brasil
No Brasil, a Cruzeiro do Sul foi a primeira companhia a comprar o jato, em 1968. Porém, por conta de alguns acordos que privilegiavam a Varig na época, a empresa gaúcha foi quem recebeu primeiro o 727. Outras empresas, como a Vasp e a Transbrasil, também operaram o trirreator no País. O sucesso do avião de passageiro fez com que as aéreas investissem nos cargueiros.
Entre os anos 1980 e 1990, o 737 começou a ocupar o lugar que consagrou seu antecessor. Praticamente todas as companhias do mundo passaram, aos poucos, a migrar para o irmão mais novo, principalmente para cortar custos – são apenas dois motores no 737, o que ajuda na economia de combustível.
Dessa forma, apenas poucas regiões, como o Oriente Médio, continuaram a utilizar o 727 de passageiro, como é o caso da Iran Aseman Airlines. Com o fim da operação, o avião veterano deve seguir sua trajetória com alguns modelos de carga que ainda operam pelo mundo.
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Por falar em aviões, relembre alguns modelos que são feitos por marcas de carros.
BMW: a marca alemã ficou famosa por produzir sedãs sofisticados e rápidos. Porém, o seu início foi como fabricante de aviões, em 1916. Como a Alemanha foi proibida de produzir aeronaves após o final da Primeira Guerra Mundial, a marca precisou mudar de ramo, mas seguiu produzindo motores para o ramo aeronáutico. Esse passado pode ser visto até hoje no logotipo da empresa, que remete à uma hélice |Foto: Divulgação
BMW: a marca alemã ficou famosa por produzir sedãs sofisticados e rápidos. Porém, o seu início foi como fabricante de aviões, em 1916. Como a Alemanha foi proibida de produzir aeronaves após o final da Primeira Guerra Mundial, a marca precisou mudar de ramo, mas seguiu produzindo motores para o ramo aeronáutico. Esse passado pode ser visto até hoje no logotipo da empresa, que remete à uma hélice |Foto: Divulgação
General Motors: o grupo americano tentou produzir alguns caças durante a Segunda Guerra Mundial. O Fisher XP-75 Eagle chegou a ter alguns protótipos construídos, mas não foi para frente. Apesar da tentativa, o forte da GM não era fabricar aviões, então a empresa seguiu com os carros |Foto: Divulgação
General Motors: o grupo americano tentou produzir alguns caças durante a Segunda Guerra Mundial. O Fisher XP-75 Eagle chegou a ter alguns protótipos construídos, mas não foi para frente. Apesar da tentativa, o forte da GM não era fabricar aviões, então a empresa seguiu com os carros |Foto: San Diego Air e Space Museum Archives on VisualHunt / No known copyright restrictions
Fiat: a marca italiana também produziu aviões, sendo que os de combate foram utilizados até na Segunda Guerra Mundial, como o G-55 Centauro. Outros modelos, como o G.91, também foram comprados por diversos países após o final do combate. A divisão de aviões funcionou entre 1908 e 1969 |Foto: Divulgação
Ford: a marca norte-americana chegou a ter uma divisão para fabricar aeronaves. O modelo mais icônico foi o Ford Trimotor, que era bem parecido com o Fokker F VII, e chegou a ser considerado o avião mais moderno do mundo. Com o crescimento da Boeing e da Douglas, a montadora perdeu espaço e decidiu encerrar o ramo aeronáutico |Foto: Divulgação
Ford: a marca norte-americana chegou a ter uma divisão para fabricar aeronaves. O modelo mais icônico foi o Ford Trimotor, que era bem parecido com o Fokker F VII, e chegou a ser considerado o avião mais moderno do mundo. Com o crescimento da Boeing e da Douglas, a montadora perdeu espaço e decidiu encerrar o ramo aeronáutico |Foto: Divulgação
Honda: em 2003 a montadora anunciou o projeto do HondaJet, que seria o primeiro avião da empresa. Somente em 2015 é que a produção começou e ele passou a ser certificado para voar. Em 2017, a Anac também certificou o modelo no Brasil e ele já é vendido no mercado nacional |Foto: Divulgação
Honda: em 2003 a montadora anunciou o projeto do HondaJet, que seria o primeiro avião da empresa. Somente em 2015 é que a produção começou e ele passou a ser certificado para voar. Em 2017, a Anac também certificou o modelo no Brasil e ele já é vendido no mercado nacional |Foto: Divulgação
Honda: em 2003 a montadora anunciou o projeto do HondaJet, que seria o primeiro avião da empresa. Somente em 2015 é que a produção começou e ele passou a ser certificado para voar. Em 2017, a Anac também certificou o modelo no Brasil e ele já é vendido no mercado nacional |Foto: Divulgação
Mercedes-Benz: o grupo Daimler, proprietário da marca, chegou a ter uma divisão aeronáutica. Além disso, a montadora alemã também participou do projeto de deixar um helicóptero Eurocopter EC145 com um interior mais luxuoso, com direito a materiais utilizados nos sedãs mais refinados da empresa |Foto: Divulgação
Mercedes-Benz: o grupo Daimler, proprietário da marca, chegou a ter uma divisão aeronáutica. Além disso, a montadora alemã também participou do projeto de deixar um helicóptero Eurocopter EC145 com um interior mais luxuoso, com direito a materiais utilizados nos sedãs mais refinados da empresa |Foto: Aircaft @ Gloucestershire Airport By James on Visualhunt.com / CC BY-SA
Mitsubishi: para concorrer com a Embraer e com a Bombardier – que se fundiu com a Airbus, o Mitsubishi Regional Jet foi lançado em 2015 e tem capacidade para até 90 passageiros |Foto: Divulgação
Mitsubishi: para concorrer com a Embraer e com a Bombardier – que se fundiu com a Airbus, o Mitsubishi Regional Jet foi lançado em 2015 e tem capacidade para até 90 passageiros |Foto: Divulgação
Mitsubishi: para concorrer com a Embraer e com a Bombardier – que se fundiu com a Airbus, o Mitsubishi Regional Jet foi lançado em 2015 e tem capacidade para até 90 passageiros |Foto: Divulgação
Rolls-Royce: embora utilizem o mesmo nome, a Rolls-Royce Motors Cars pertence à BMW, sendo a responsável pelos carros de luxo, enquanto a Rolls-Royce plc é quem fabrica os motores para a aviação. Porém, até 1971, ambas eram a mesma empresa. Atualmente a marca britânica fornece motores para o Airbus A380, Boeing 787 e diversos outros modelos |Foto: Divulgação
Rolls-Royce: embora utilizem o mesmo nome, a Rolls-Royce Motors Cars pertence à BMW, sendo a responsável pelos carros de luxo, enquanto a Rolls-Royce plc é quem fabrica os motores para a aviação. Porém, até 1971, ambas eram a mesma empresa. Atualmente a marca britânica fornece motores para o Airbus A380, Boeing 787 e diversos outros modelos |Foto: Divulgação
Rolls-Royce: embora utilizem o mesmo nome, a Rolls-Royce Motors Cars pertence à BMW, sendo a responsável pelos carros de luxo, enquanto a Rolls-Royce plc é quem fabrica os motores para a aviação. Porém, até 1971, ambas eram a mesma empresa. Atualmente a marca britânica fornece motores para o Airbus A380, Boeing 787 e diversos outros modelos |Foto: Divulgação
Saab: a marca de carros teve as atividades encerradas em 2011, mas seu fim foi decretado oficialmente apenas em 2016. Porém, a divisão de aviação segue firme e forte, produzindo tanto modelos civis, como militares. A Força Aérea Brasileira fechou uma encomenda em 2013 de alguns caças Gripen NG, que serão produzidos em solo brasileiro |Foto: NielsdeWit on Visualhunt.com / CC BY
Subaru: neste caso, não foi a marca japonesa em si, mas o grupo que é proprietário da montadora. A Fuji Heavy Industries fabricou entre 1968 e 1986 o monomotor FA-200 Aero Subaru |Foto: Divulgação
Subaru: neste caso, não foi a marca japonesa em si, mas o grupo que é proprietário da montadora. A Fuji Heavy Industries fabricou entre 1968 e 1986 o monomotor FA-200 Aero Subaru |Foto: Ronnie Macdonald on Visualhunt / CC BY
Subaru: neste caso, não foi a marca japonesa em si, mas o grupo que é proprietário da montadora. A Fuji Heavy Industries fabricou entre 1968 e 1986 o monomotor FA-200 Aero Subaru |Foto: wiltshirespotter on Visualhunt.com / CC BY-SA
Escrito por
Leo Alves
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.