Autopilot da Tesla pode ser o fator dos acidentes com o modelo

Do mesmo modo que ela chama bastante a atenção por conta das facilidades, o Autopilot da Tesla também está marcado por conta dos acidentes

A Tesla revolucionou a indústria automotiva. Isso porque seus carros saem de fábrica com diversas tecnologias inovadoras. A condução autônoma é uma das principais delas. Do mesmo modo que ela chama bastante a atenção por conta das facilidades, o Autopilot também está marcado por conta dos acidentes.

Nos últimos anos, muitas pessoas relataram problemas envolvendo este sistemas. Muitos destes acabaram em acidentes. E muitas pessoas já morreram. No mês passado, a Administração Nacional de Segurança de Transporte Rodoviário (NHTSA, em inglês) anunciou que está fazendo uma investigação de 11 acidentes envolvendo carros da marca.

Tesla Model S (Foto: JP Valery/Unsplash.com)

Autopilot do Tesla pode ser o fator dos acidentes com o modelo

De acordo com a entidade de segurança dos Estados Unidos, estes acidentes teriam acontecido entre 22 de janeiro de 2018 e 10 de julho de 2021. Sendo que sete deles resultaram em 17 feridos. Uma pessoa teria morrido.

Algo que chama a atenção são as coincidências que envolvem todos eles. Uma delas é o fato deles terem acontecido durante a noite. Sem falar que eles envolviam também veículos de resgate. Além disso, os modelos da Tesla envolvidos estavam com dois modos de condução ativos: o Autopilot e o Controle de Cruzeiro Sensível ao Tráfego (Traffic Aware Cruise Control).

(Foto: Roberto Nickson/Unsplash.com)

Um efeito rápido a essa notícia foi a queda de 4,5% das ações da empresa. Outros acidente envolvendo o assistente de direção aconteceu no mês passado. O Model S, onde estava o norte-americano George Brian McGee, acabou colidindo com um SUV.

O Autopilot estava acionado. Ele ficou bem, mas Naibel Benavides, que estava em um Chevrolet Tahoe, não teve a mesma sorte. Outros casos iguais já aconteceram em outros 18 países. 

Tesla Foto: Charlie Deets/Unsplash.com)

“São acidentes que poderiam ter sido evitados”. Quem disse isso foi  Jason K. Levine, diretor-executivo do Centro de Segurança Automotiva de Washington. Segundo ele, a Tesla tem a sua parte neste tipo de problema. Isso porque os donos de  veículos da marca têm a permissão de escolher se irão usar (ou não) o sistema em trechos que o mesmo pode não funcionar com a devida segurança. 

Já o diretor de inteligência artificial da Tesla, Andrej Karpathy, deu sua opinião em um workshop. “Enquanto o piloto automático está no comando, o motorista pode relaxar, mas não deve se desligar. Deve manter as mãos no volante e os olhos na estrada, pronto para assumir o controle caso o sistema se torne inoperante”.

Níveis de condução autônoma

Foto: Divulgação/Chevrolet)

Uma das tecnologias que mais crescem no mundo são dos carros autônomos. Muitos deles já permitem que o carro faça atividades específicas sem a intervenção do motorista. Muito práticos, não é mesmo? Mas os clientes precisam tomar cuidado na hora de escolher o modelo.

Isso porque os sistemas de direção autônoma são divididos em seis níveis. Eles são classificadas pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE). Os veículos da Tesla, por exemplo, estão no nível 2.

Já o Audi A8 se destaca por estar no nível 3.  A mesma montadora alemã já lançou protótipos que possuem o nível 4.

Audi Grandsphere (Foto: Divulgação/Audi)

Recentemente, o Garagem360 fez uma matéria explicando como o sistema funciona. Além disso, traz todos os níveis de direção autônoma. Você pode conferir clicando aqui.

Com informações de MobiAuto, Folha de São Paulo e CNN

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.

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