Aumento na alíquota de pneus importados é chave para combater concorrência desleal; afirma entidade

Muito se fala sobre os pneus importados vendidos no Brasil. Seja pelo preço mais acessível ou pela dúvida quanto à confiabilidade, há sempre a mesma discussão: a concorrência “desleal”.

O que acontece é que a “flexibilidade” voltada à importação e comercialização desse tipo de pneu, teoricamente, impulsiona suas vendas, quando comparadas à comercialização dos pneus fabricados nacionalmente.

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Como o aumento da alíquota pode impactar as vendas dos pneus importados?

É um tanto quanto provável que você já tenha se perguntado porque os pneus importados contam com valores tão inferiores quando comparados aos fabricados nacionalmente.

Bem, o que acontece é que, na teoria, a diferença significativa nos preços entre pneus importados e aqueles produzidos nacionalmente não se deve apenas à eficiência produtiva ou às diferenças em custos de matéria-prima, mas também a uma política tarifária que tende a favorecer essa importação.

No entanto, uma nova alíquota pode estar prestes a mudar esse cenário. Para melhor entender, há um novo pedido de elevação transitória da Tarifa Externa Comum (TEC) que eleva a Tarifa Externa Comum de 16% para 35%.

Basicamente, a proposta visa reequilibrar as condições de mercado em relação à concorrência relacionada aos preços artificialmente baixos dos pneus importados, principalmente da Ásia.

Segundo a ANIP (a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), essa mudança é essencial para proteger a indústria nacional.

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Quais os efeitos do aumento da alíquota?

De acordo com a ANIP, a atual política tarifária beneficia desproporcionalmente os importados, que, vendidos a preços inferiores, ganham vantagem competitiva sobre os produtos nacionais.

Assim, com a nova alíquota, espera-se uma redução na vantagem de preço dos pneus importados, o que poderia desacelerar suas vendas no Brasil.

Outro ponto é que a associação aponta que esse reajuste tarifário além de proteger empregos no setor industrial de pneus,  também pode incentivar investimentos em tecnologia e sustentabilidade nas plantas nacionais. 

Ademais, a ANIP ainda ressalta que, embora o impacto imediato possa ser uma leve elevação nos preços ao consumidor, os benefícios a longo prazo incluiriam maior estabilidade econômica e empregatícia no setor.

“Se o governo não tomar nenhuma medida, vamos ter fechamentos de postos de trabalho e cancelamento de investimentos no país”, menciona Klaus Curt Müller, presidente executivo da ANIP. 

Fonte: ANIP.

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