Associação de fabricantes relata problemas da gasolina com mais etanol
Entenda o que diz a Associação de fabricantes sobre problemas com a nova gasolina
A Abraciclo, associação que reúne as principais fabricantes de motocicletas do Brasil, trouxe um alerta em relação à nova gasolina com mais etanol. Logo abaixo, o Garagem360 explica esse posicionamento. Acompanhe!
O que disse a Abraciclo sobre a nova gasolina?
Em comunicado, a Abraciclo disse que os resultados dos testes para motos apresentaram alguns pontos que merecem atenção redobrada. Apesar desse alerta, a entidade informou que continua apoiando a nova solução.
Os resultados dos testes de viabilidade técnica foram divulgados na última terça-feira (18/13). Eles foram realizados em conjunto com o Ministério de Minas e Energia e o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
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Entenda os problemas encontrados na nova gasolina
De acordo com relatos, 13 motocicletas foram usadas durante os testes do IMT. Durante a análise, alguns veículos apresentaram falhas de partida a frio.
Contudo, é importante destacar que trata-se de uma consequência prevista para propulsores monocombustível que usam proporções maiores de combustível vegetal, sobretudo em motores de motos arrefecidas a ar, que tem menos gerenciamento térmico.
A seguir, o Garagem360 traz o comunicado completo da Abraciclo. Confira:
“A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – ABRACICLO, entidade que representa o Setor de Duas Rodas no País, apoia o uso dos biocombustíveis e sua contribuição para a economia e o meio ambiente, sendo o Brasil pioneiro mundial no desenvolvimento e produção das motocicletas equipadas com tecnologia flex fuel.
A Associação integrou o grupo de acompanhamento dos testes do E30, realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), e a avaliação dos resultados e ensaios indicaram pontos de atenção.
O tema continuará sendo acompanhado visando a segurança e o adequado funcionamento das motocicletas em circulação.”
Como é a nova gasolina?
A nova gasolina, segundo a pasta presidida por Alexandre Silveira, poderia diminuir os gastos dos combustíveis. Ao mesmo tempo, torna o Brasil mais independente da importação de combustível. Na prática, a proposta é aumentar o teor de etanol na gasolina comum, saindo de 27% para 30%.
Em outras palavras, a implementação de mais etanol na gasolina, naturalmente, exige menos gasolina para a comercialização no Brasil. Contudo, a solução deixaria os veículos nacionais e importados monocombustíveis em uma situação difícil. Isso porque, eles não são adaptados a essa mistura.
O que diz a legislação brasileira?
De acordo com a lei nacional, é possível ampliar a combinação para até 35%. Contudo, é preciso ter estudos e a aprovação por meio da viabilidade técnica.
Essas normas estão descritas na Lei 14.993. Foram aprovadas em 2024 e são responsáveis por regulamentar e criar programas de incentivos à fabricação e ao uso de combustíveis sustentáveis.
A gasolina premium será modificada?
É importante dizer que a pasta ainda não deu mais detalhes se pretende modificar a quantidade de etanol presente na gasolina premium.
Quais serão os próximos passos da nova gasolina?
Após obter a aprovação da viabilidade técnica, o projeto passará por uma nova fase de avaliação. Ainda em 2025, ele será encaminhado para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Se for aprovado, a redução no combustível chega em uma boa hora. Isso porque, em fevereiro deste ano, o preço subiu acima da inflação e do reajuste do ICMS.
Em outras palavras, o litro da gasolina ficou R$ 0,16 mais caro para o bolso do consumidor, saindo de R$ 6,346 para R$ 6,502. Isso representa uma alta de 2,45%.
Esses dados são de uma análise feita pela ValeCard, empresa de meios de pagamento e mobilidade corporativa, divulgada pelo site G1.
E você, como avalia a nova gasolina? Você acha que ela será aprovada mesmo após apresentar problemas para as motos? Comente e compartilhe a sua opinião com outros leitores do Garagem360.
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