Artigo: Como aumentar a vida útil dos pneus de veículos de carga?

*Por José Carlos Quadrelli, gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone

Os pneus constituem um dos itens mais importantes dos caminhões. Além de suportarem a carga e absorverem as irregularidades do piso, eles são responsáveis por transferir toda a potência da tração e frenagem do veículo ao solo. Além disso, eles representam um alto investimento dentro da planilha de custos dos frotistas e empresas. Por estes motivos, aumentar a vida útil dos pneus é fundamental para favorecer a segurança ao motorista e gerar ganho em quilometragem rodada, aumentando assim seu custo benefício.

Uma metodologia de grande impacto para aumentar a vida útil dos pneus de caminhão, tanto em primeira vida quanto reformados, é o controle dos “5 Ladrões de Quilometragem”: Alinhamento, Balanceamento, Calibragem, Desenho de Banda e o Emparelhamento. Se estes itens não forem bem avaliados e corrigidos, cada um deles, por si só, pode reduzir a quilometragem do pneu de 20% até 40%.

O rodízio de pneus também é essencial. Ele evita o desgaste irregular, fazendo com que o desgaste aconteça de maneira mais uniforme, prolongando assim a vida útil do produto. Outra dica importante é manter os pneus distantes dos derivados de petróleo ou solventes. Estes produtos atacam a borracha, fazendo com que ela perca suas propriedades físico-químicas e mecânicas, reduzindo a vida útil.

A recapagem, que permite reaproveitar com total segurança o pneu usado e adicionar a ele uma nova banda de rodagem (parte que entra em contato com o solo), também é uma prática consolidada no Brasil. Se realizado por um revendedor credenciado e com suporte do fabricante, o pneu reformado pode rodar tanto ou mais que um pneu novo e com 1/3 do valor de um pneu original.

Outro fator importante para aumentar a vida útil do pneu é o conceito de Ciclo de Vida Total, ou seja, podemos controlar a vida do pneu desde o início de operação, até a retirada dos pneus e reciclagem, preservando a natureza.

Escrito por

Erica Franco

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