Aluguel de carros: mercado se recupera e cresce 33,5% no Brasil

A atividade de aluguel de carros e veículos deu um salto de 33,5% em 2021, atingindo o faturamento bruto anual recorde de R$ 23,5 bilhões. Em 2020, o faturamento bruto com locação de carros havia sido de R$ 17,6 bilhões (queda de 19,3%), ainda sob o impacto das medidas de isolamento social adotadas pelas autoridades sanitárias em função da pandemia da Covid-19. Veja dados completos e as vantagens de alugar um veículo.

Quais as vantagens em alugar um carro?

Alugar um carro ou até mesmo o conceito de carro assinatura tem se tornado cada vez mais popular, de acordo com os dados que veremos mais adiante. Por exemplo, conforme a Ricco Investimentos, a ideia é semelhante com o aluguel de uma casa.

No caso dos carros, você “se livra” de taxas e custos como IPVA, manutenção, seguro, revisão e outros gastos. Assim, a principal vantagem desse serviço é não precisar se preocupar com muitas questões, além de ter um carro sempre novo. Outro ponto é não ter de se ocupar planejando a revenda do veículo depois de usado. O Garagem360 já abordou esse assunto, conforme você confere aqui. Agora, vamos aos dados!

Mercado de aluguel de carros tem alta de 33,5%

O crescimento da locação de veículos no País chegou a 7,8% na comparação com o faturamento bruto verificado em 2019, ano imediatamente anterior ao início da pandemia. Em dezembro de 2019, o setor havia fechado com faturamento bruto acumulado de R$ 21,8 bilhões. Os dados de faturamento do setor se referem exclusivamente ao aluguel de veículos, sem incluir valores das vendas de veículos usados.

No ano passado, foram registrados 50,1 milhões de usuários de aluguel de carros, ante 44,6 milhões em 2020 – crescimento de 12,3%. No anterior à pandemia, haviam sido registrados 49,6 milhões de usuários.

A expansão também aconteceu em relação à frota total de automóveis e comerciais leves das locadoras.  Apesar do cenário desfavorável à produção automotiva, o setor terminou 2021 com 1.136.517 veículos na frota, 12,8% a mais que em 2020 (1.007.221 unidades). Em 2019, os automóveis e comerciais leves licenciados pelas empresas de locação totalizavam 997.416 unidades.

Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos

Mesmo em meio à pandemia, o total de postos de trabalho nas locadoras subiu de 77.214, em 2020, para 85.494 ao final do ano passado. As estatísticas da atividade fazem parte do novo Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, produzido pela Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), a partir de dados do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Estoque de carros em alta

O Brasil tem, atualmente, 13.903 locadoras ativas. Em 2021, essa empresas compraram 441.858 carros 0km, equivalentes a 25,5% de todos os automóveis e comerciais leves emplacados durante o ano no País. Houve crescimento de 22,5% em relação às compras feitas em 2020 (360.567 unidades). Antes da pandemia, em 2019, o total comprado pelo setor havia sido de 541.346 unidades (18,3% a mais que em 2021).

No ranking de emplacamentos de automóveis e comerciais leves pelas locadoras, a Stelllantis ficou com o primeiro lugar, vendendo 38% (167.987 carros) do total comprado pelas locadoras em 2021. Em seguida aparece a Volkswagen, com 19,27% (85.164 unidades). O modelo mais emplacado por locadoras em 2021 foi o Fiat Mobi Like, com 29.571 unidades.

Na frota total do setor, incluindo os seminovos que permaneceram com as empresas e os zeros quilômetros comprados no ano, a Stellatlantis também terminou 2021 em primeiro lugar, com 321.393 carros (28,2% do total). O grupo multinacional – que reúne marcas como Fiat, Chrysler, Dodge, Jeep, Peugeot e Citröen – é seguido pela Volkswagen, com 239.646 unidades (21,09%) e pela GM, com 171.735 (15,11%) na frota total do setor.

Estoque de motos também cresceu

Em relação às motocicletas, as compras das locadoras em 2021 bateram novo recorde, indo de 3.261 em 2020 para 7.737 novas unidades no último ano. A frota total de motos em nome das locadoras é a maior de todos os tempos, alcançando a marca de 16.303 unidades.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.