Com a valorização dos carros 0 km e seminovos registradas ano passado, aumento do IPVA e constantes ajustes no preço dos combustíveis, ainda vale a pena ter carro em 2022? Veja a opinião de especialista, bem como uma estimativa de economia a longo prazo.
Ainda vale a perna ter carro? Gastos devem ser colocados na ponta do lápis
Ao comprar um veículo diversos custos devem ser levados em consideração além do preço final do modelo, seja ele comprado à vista ou financiado. No entanto, com os constantes aumentos de preço dos combustíveis, seguro, impostos mais elevados, está cada vez mais caro manter um veículo.
Dessa forma, é inevitável se questionar se ainda vale a pena manter um carro no cenário atual. Para o CEO e cofundador da Plano Fintech, Ricardo Hiraki, essa é uma pergunta que toda pessoa que quer ou tem um carro se faz.
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Ainda é importante destacar que, além dos custos financeiros, tema que será abordado da reportagem, questões por vezes até difíceis de serem calculadas também devem ser consideradas, como a questão de meio ambiente, novas tecnologias que ofertam variadas opções de transportes, tempo e trabalho para mantê-lo etc.
Para ajudar a responder o questionamento apenas do ponto de vista financeiro, Hiraki desenvolveu uma tabela de informações bem simples baseada em um automóvel no valor de R$ 35 mil e listou algumas despesas com a média de preços de cada uma delas:
Estacionamento mensal: R$ 250,00
Gasolina: R$ 300,00
IPVA rateado mensalmente: R$116,67
Seguro rateado mensalmente: R$ 166,67
Manutenção rateado mensalmente: R$ 80,00
Depreciação mensal: R$ 116,67
Perda da oportunidade de não investir: R$ 315,00
Total: R$ 1.345,00
De acordo com os cálculos do especialista, por mês, um veículo com a média de preço de R$ 35 mil, exige um investimento de R$ 1.345,00. Além desses custos, ele também calculou a média de gastos para quem abdicou do veículo:
Transporte Público mensal: R$ 250,00
Uber / Táxi: R$ 300,00
Aluguel de carro: R$ 200,00
Total: R$ 750,00
É importante destacar que as despesas de cada grupo podem variar conforme o perfil de cada pessoa. E sim, existem situações específicas que podem mudar todo o resultado, como uso diário de estradas ou falta de transporte público ou tempo perdido nele.
Valor a longo prazo pode surpreender
O CEO da Plano Fintech, continua o raciocínio e desenvolve os cálculos em longo prazo. Dessa forma, a diferença mensal de R$ 595,00 ao longo de 10 anos se tornaria R$ 119 mil reais atualizados pela renda fixa de 10% ao ano de uma aplicação em Títulos do Tesouro mais o IPCA (inflação).Para 20 anos, seriam R$ 427 mil.
“Sempre é bom refletir mais uma vez se é interessante manter o carro ou se é possível se desfazer dele e garantir uma aposentadoria mais confortável e ainda de quebra fazer exercício andando, sociabilizar no transporte público, poluir menos etc.” explica Ricardo.
