Afinal, quais as consequências do envelhecimento da frota brasileira?

O envelhecimento da frota brasileira pode ser um problema se permanecer, não só para o trânsito, mas também para outros pontos. Entenda!

O envelhecimento da frota brasileira é motivo de preocupação, visto que isso pode trazer uma série de problemas. Esse fenômeno, se permanecer, vai impactar não apenas o trânsito que fica mais inseguro, mas também a qualidade do ar, entre outros pontos.  

Alguns números que mostram o envelhecimento da frota brasileira 

Segundo a Anfavea, os veículos com mais de 12 anos foram os campeões de vendas no Brasil em 2022.

Já o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) fez um levantamento e mostrou que dos 38,2 milhões de automóveis no país, 23,5% apresentavam idade média de até 5 anos, outros 57,1%, com idade entre 6 e 15 anos e 19,4% apresentaram idade média superior a 16 anos.

O mesmo estudo revela que a idade média dos automóveis que circulam no país é de 10 anos e 9 meses. Para se ter uma ideia é quase a mesma média do ano de 1994.

Os motivos 

O principal é o aumento dos preços dos veículos novos, que acabaram puxando para cima os preços dos usados. Reflexo de uma série de fatores econômicos, incluindo altas taxas de juros, limitações do crédito, redução do poder aquisitivo da população e aumento do custo de vida.

Ainda tivemos a pandemia, que acabou encarecendo os insumos para a fabricação dos veículos, agravados pela guerra na Ucrânia e aumento do dólar. 

As consequências deste envelhecimento

A emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes é maior em veículos mais velhos. O desgaste do motor e sistema de exaustão acabam fazendo com que esses carros “fumem” mais, emitindo maiores quantidades de gases poluentes. O que impacta negativamente a qualidade de ar nas cidades.  

Frota mais antiga pode ser um risco para o país. Foto: Pexels

Outra consequência é o aumento dos custos de manutenção e reparos. A conta com o mecânico costuma ser maior para carros antigos, inclusive um modelo ou outro pode exigir uma procura maior por peças de reposição. O envelhecimento também impacta nos custos operacionais para o proprietário, já que os carros mais antigos costumam consumir mais combustível que os mais novos. 

Por fim, a segurança nas estradas também é afetada, visto que os veículos mais antigos não apresentam os mesmos recursos de segurança dos atuais, principalmente de assistência ao motorista. 

Diante disso tudo, é fundamental a criação de estímulos à renovação da frota, com a implementação de políticas públicas eficazes, restrição de tráfego de veículos mais poluentes, auxílio às montadoras que adotam práticas mais sustentáveis, entre outras abordagens que podem colaborar com a renovação da frota.

Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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