Só metade da população usa cinto no banco traseiro, mostra pesquisa

Acidente com ex-BBB chama a importância para o uso do cinto no banco de trás. Especialista dá dicas para evitar impactos graves !

O acidente com o ex-BBB Rodrigo Mussi, durante a noite da última quinta (30/03) mostra um grave problema que compromete a segurança viária: a falta de uso do cinto de segurança no banco traseiro. Rodrigo sofreu fraturas múltiplas, traumatismo craniano, passou por cirurgia e está internado em estado grave no Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Assim, veja o que diz especialista sobre a desatenção no uso desse acessório tão importante.

falta de uso do cinto de segurança no banco traseiro

Foto: Agência Brasil

Acidente com ex-BBB chama a atenção para a importância o uso do cinto de segurança traseiro

O ex-BBB viajava em um carro por aplicativo que perdeu o controle e bateu na traseira de um caminhão, na Marginal Pinheiros. Segundo informações preliminares, Rodrigo estaria sem cinto de segurança no banco de trás.

Em entrevista, o motorista afirmou não se lembrar de como o acidente aconteceu e disse acreditar que tenha cochilado. Com o impacto, Rodrigo foi projetado para fora do carro.

Apesar de obrigatório, apenas 54,6% da população usa o equipamento no banco traseiro, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, divulgada em 2021.

“Os passageiros têm a falsa sensação de que o banco da frente sirva como proteção em caso de acidente. Só que a força que uma pessoa recebe em uma colisão é algo em torno 35 vezes o seu peso e não há banco que possa pará-la”, comenta o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

“Quando há uma pessoa no banco da frente, o resultado pode ser ainda mais grave: o passageiro projetado com o impacto esmaga a pessoa sentada à frente e os dois podem ficar gravemente feridos”, alerta Coimbra.

Simulação da ausência do uso do cinto de segurança no banco de trás. (Foto: Youtube)

Outros problemas no trânsito, apontado pelo especialista

Outro problema que merece atenção do poder público é a regulamentação das jornadas de trabalho dos motoristas de aplicativo. “Diante das altas consecutivas do combustível, o rendimento dos motoristas caiu e isso acaba os obrigando a dobrar jornadas para ter uma remuneração minimamente digna”.

Embora ainda não seja possível afirmar há quanto tempo ele estava dirigindo, quando admite que cochilou ao volante o motorista deixa claro que estava cansado.

“Como a atividade de motorista de aplicativos não é regulamentada, não se aplica a esses profissionais a lei que estabelece pausas para descanso durante e entre as jornadas de trabalho”, completa Coimbra.

Isso é importante porque 90% dos sinistros de trânsito são provocados por fatores humanos, como sono, desatenção e comportamento imprudente.

Quando o passageiro contratar um serviço de transporte, além de usar o cinto de segurança, é imprescindível ficar atento durante todo o percurso. Ao mínimo sinal de imperícia do motorista ou alteração em seu estado geral, interrompa a viagem e busque abrigo em local seguro. Essa certamente é uma decisão que salva vidas”, completa o médico especialista em Medicina do Tráfego.

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As informações são da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra)

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Erica Franco
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Erica Franco

Jornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.

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