A medida do governo federal que barateou o preço dos carros populares no Brasil trouxe boas condições de compras para veículos 0 km. Porém, nem tudo foram flores no programa, pelo contrário.
Efeito colateral dos carros populares 0 km
Provavelmente você já ouviu em alguma oportunidade que mesmo as boas intenções podem ter efeitos ruins.
Pois bem, é exatamente nesta linha que pode ser analisada a Medida Provisória 1.175 do governo que reduziu o preço de veículos 0 km de até R$ 120 mil no Brasil.
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O programa pode não ter causado o impacto positivo desejado na indústria automotiva nacional. No entanto, de quebra, o plano pode ter prejudicado consideravelmente o mercado de veículos seminovos.
Isso porquê o incentivo aos modelos novos fez com que a busca por veículos seminovos e usados ficasse estagnada. Ou seja, em alguns casos, as disparidades de valores entre carros novos e seminovos ou usados caíram consideravelmente.
Tal cenário leva a crer que a falta de atenção com o mercado de veículos seminovos no programa do governo gerou resultados negativos ao setor.
Consumidores preferem carros mais caros
Por mais contraditório que pareça, o programa do governo federal que concedeu incentivos em prol da indústria automotiva foi mais útil para quem buscava veículos mais caros.
O desempenho de vendas um pouco aquém do esperado para os modelos mais impactados com reduções de preços explica o cenário.
Carros como Renault Kwid e Fiat Mobi, os mais baratos do país, que tiveram descontos de R$ 10 mil, ficaram no top 10 de vendas. Porém, ficaram atrás de modelos consideravelmente mais caros como: Fiat Strada, Volkswagen Polo, Chevrolet Onix e Volkswagen T-Cross.
Isso leva a entender que o público consumidor de veículos 0 km no Brasil prefere modelos mais completos e não o chamado carro popular, mais básico e acessível.
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Relembre o programa de incentivos
O governo federal anunciou na primeira semana de junho um programa de incentivos à indústria automotiva. Ele resultou na redução no valor dos automóveis no Brasil com preços até R$ 120 mil.
A ação trouxe reduções de até 11,6% (até R$ 8 mil) – fora bônus oferecido pelas próprias montadoras – de acordo com critérios de preço, eficiência energética e densidade industrial no país.
A medida prevista inicialmente para quatro meses (120 dias) de programa ou quando a verba de R$ 500 milhões para veículos leves terminasse, o que ocorresse primeiro.
