Saiba soltar o freio de estacionamento elétrico quando a bateria acaba
O freio de estacionamento elétrico vem se popularizando no mercado automotivo. Além de ser mais prático do que o sistema com a tradicional alavanca ao lado do banco do motorista, o freio elétrico libera espaço no console central da cabine para que seja ocupado com itens mais modernos.
Uma das dúvidas ao adquirir um modelo com esse tipo de item é o que pode acontecer se o carro fica sem bateria. O veículo fica solto? Ou, se ficar travado, como é possível movimentá-lo?
Com a ajuda dos especialistas da InstaCarro, startup que conecta interessados em vender carros com lojistas de todo o Brasil, trazemos respostas para estas questões.
Carro sem bateria: como soltar o freio de estacionamento elétrico
A maior parte dos sistema de freio de estacionamento elétrico posiciona pequenos motores nas próprias pinças/tambores para bloquear as rodas, enquanto outros usam um mecanismo elétrico para puxar o tradicional cabo de aço do freio de estacionamento.
Nenhum desses sistemas precisa de energia para permanecer ativo — ou seja, um carro sem bateria vai continuar com o freio acionado. No entanto, todos precisam de eletricidade para ligar ou desligar o mecanismo.
Soltando o freio de estacionamento elétrico
O freio de estacionamento tradicional sempre foi operado por cabos. Assim, caso haja perda de fluido do sistema hidráulico principal, é possível parar o veículo com segurança.
Para soltar o freio de estacionamento elétrico é preciso apelar para a tradicional alavanca – que na maioria dos modelos de carro é um botão que fica escondido de diversas formas. Para descobrir onde está esse botão ou alavanca no seu carro, é necessário consultar o manual do proprietário.
Normalmente, esse item fica oculto sob coberturas plásticas. A localização dele varia, e podem ir de um parafuso no assoalho até uma alavanca escondida sob o estepe no porta-malas.
Posição “P” do câmbio
Ao ficar sem bateria, pode ser que o carro fique travado com o câmbio na posição “P” (de parking, em inglês, ou estacionamento) bloqueando assim o movimento das rodas. Em carros comuns, basta remover parcialmente a coifa do câmbio para o destravamento do mecanismo.
Mas como muitos modelos têm adotado alavancas de câmbio eletrônicas (que não têm conexão direta com a transmissão), o processo pode ser mais complexo. Nessa situação é necessário acionar um mecanismo no próprio motor ou até mesmo o uso de uma chave de boca específica diretamente sobre a caixa de câmbio.
Recarregar a bateria em momentos de emergência
Outra alternativa para resolver o problema de freio de estacionamento elétrico travado e do carro desligado como um todo é tentar recarregar a bateria de forma emergencial.
Para carros com motor a combustão, o processo é simples porém exige cuidado. O procedimento é chamado popularmente de “chupeta da bateria” – para fazer isso, você vai precisar de cabos especiais para conectar seu carro a outro veículo com uma bateria boa; é recomendável tê-los sempre no porta-malas.
Certifique-se de que não haja ninguém no interior do veículo no momento de conexão dos cabos. Isso porque, em caso de pane elétrica, pode haver o acionamento involuntário dos airbags, o que colocaria em risco uma pessoa que esteja dentro do carro.
Antes de começar a fazer a ligação elétrica entre os carros, certifique-se também de que o automóvel que vai receber a carga esteja com a chave na posição desligada e sem estar encostado no outro veículo.
Depois, ligue os polos positivos das duas baterias e ligue o polo negativo da bateria que vai fornecer a carga ao ponto de aterramento do veículo que vai recebê-la, na carcaça do motor. Em seguida, ligue o motor do carro com bateria e deixe-o em marcha lenta. O próximo passo é dar a partida no carro que está recebendo a carga.
O ideal é deixar os cabos ligados por dois ou três minutos, até que o motor do veículo com a bateria descarregada comece a funcionar de maneira contínua. Em seguida, desfaça a conexão.
No veículo que recebeu a carga, ligue equipamentos como o desembaçador traseiro e o ventilador para reduzir picos de tensão no momento da desconexão dos cabos. Depois, retire o cabo negativo e deixe para remover em seguida o cabo positivo, tomando cuidado para não encostar os terminais negativos nos positivos.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.