Maior túnel ferroviário do mundo foi escavado embaixo de uma montanha com 2450 metros de altura

Descubra como o Túnel de Base de Gotthard, com 57 km e 12 bilhões de francos suíços, revolucionou a travessia dos Alpes. O maior túnel ferroviário do mundo ligou Erstfeld a Bodio, tornando a viagem entre Zurique e Milão mais rápida e eficiente.

Inaugurado em 2016, o Túnel de Base de Gotthard não é apenas uma obra de engenharia, mas um marco que revolucionou o transporte ferroviário na Europa. Localizado nos Alpes Suíços, ele detém o título de maior e mais profunda estrutura ferroviária do planeta, estendendo-se por impressionantes 57,09 km sob um maciço cuja altitude chega a 2.450 metros.

Maior túnel ferroviário do mundo foi escavado embaixo de uma montanha na Suíça

O túnel, que substituiu o antigo e sinuoso traçado alpino, foi projetado para a eficiência máxima. Com seu piso a uma altitude de 549 metros, ele permite que trens de passageiros atinjam altas velocidades e composições de carga mais pesadas trafeguem continuamente, sem as limitações de curvas e inclinações acentuadas do percurso anterior.

Essa infraestrutura elimina a necessidade de locomotivas extras, que eram comuns no trecho antigo, garantindo um fluxo constante entre Erstfeld (Uri) e Bodio (Ticino).

A nova rota é parte crucial da NRLA (Nova Ligação Ferroviária através dos Alpes), uma iniciativa aprovada em 1992 que visava transferir o tráfego rodoviário pesado para os trilhos no importante eixo Roterdã–Basileia–Gênova. Com o Gotthard, a travessia dos Alpes se tornou significativamente mais rápida, reduzindo o tempo de viagem entre metrópoles como Zurique, Lugano e Milão e fortalecendo a integração Norte-Sul do continente.

Maior túnel ferroviário do mundo foi escavado embaixo de uma montanha na Suíça – Foto: Wikipedia

Desafios e Investimento Multimilionário

As obras do Gotthard, iniciadas em 1999, foram um empreendimento colossal que mobilizou milhares de trabalhadores e exigiu um investimento de 12 bilhões de francos suíços. O projeto resultou em mais de 150 km de estruturas subterrâneas, incluindo túneis auxiliares e passagens de segurança. A construção enfrentou desafios geológicos complexos e temperaturas internas que chegavam a 46°C, exigindo adaptações constantes.

Apesar de um descarrilamento em 2023 ter interrompido parcialmente a operação (com normalização prevista para 2024), o Túnel de Base de Gotthard permanece como um eixo vital da logística europeia, simbolizando a ambição e a capacidade da engenharia moderna.

Leia aqui: Trem-Bala Rio-São Paulo: Brasil prepara a primeira ferrovia de alta velocidade

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.