Agora é lei: CNH de carro e moto vai exigir exame toxicológico

Congresso derruba veto e obriga exame toxicológico para 1ª habilitação de carros e motos. Entenda a lei e como vai funcionar processo

Se você ou alguém da sua família está planejando tirar a primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH), é bom já ir se preparando. Na última quinta-feira (04), o Congresso Nacional decidiu endurecer as regras: foi derrubado o veto do presidente Lula que impedia a cobrança de exame toxicológico para as categorias A (motos) e B (carros de passeio).

Acompanhe o Garagem360 e veja o que vai mudar!

CNH para carro e moto vai precisar de exame toxicológico?

Você não leu errado! Quem for tirar habilitação para as categorias A (moto) e B (carro) vai ter que passar pelo exame, segundo decisão do Congresso. A votação foi esmagadora (379 votos a favor) e transformou o projeto na Lei 15.153/25.

Exame toxicológico para CNH de carro e moto

Exame toxicológico passa a ser obrigatório para CNHs de carro e moto. Foto: Pexels

Mas o que isso muda na sua vida prática? Vamos lá, basicamente, o processo ficou mais longo, mais rígido e um pouco mais caro (apesar de agora não ser mais necessário as aulas na autoescola). Até a semana passada, a “regra do toxicológico” era uma preocupação exclusiva de motoristas profissionais (categorias C, D e E – caminhões e ônibus).

Com a nova lei, essa barreira caiu. Todo candidato à primeira habilitação, mesmo que seja apenas para dirigir um carro popular ou uma moto, terá que se submeter ao teste clínico. Sem o laudo negativo, o processo da CNH trava.

Veja também Renovação da CNH automática: descubra a única condição para fugir das filas

Como vai funcionar o processo?

Não adianta apenas ficar sóbrio no dia do exame médico. O exame toxicológico é conhecido por sua larga janela de detecção. Veja só:

  • Amostra: o laboratório utiliza fios de cabelo, pelos ou unhas.
  • O que ele vê: teste consegue identificar se o candidato consumiu substâncias psicoativas meses antes da coleta.
  • Veredito: se o resultado for positivo, o candidato é reprovado imediatamente e impedido de obter a licença.

Custo extra para o brasileiro

A derrubada do veto reacendeu um debate acalorado. O Governo Federal havia vetado a medida sob a justificativa de que o custo extra “contrariava o interesse público”. O argumento era econômico: encarecer a CNH pode afastar a população de baixa renda da legalidade, incentivando a direção sem carteira.

Exame toxicológico para CNH de carro e moto

Foto: Reprodução )Detran-MT)

Já o Congresso ignorou o fator financeiro, defendendo que a segurança viária é inegociável e que filtrar o uso de substâncias ilícitas desde a base é essencial para reduzir acidentes.

Adeus, cartório?

Para não dizer que só houve aumento de burocracia, o Congresso também aprovou uma medida que facilita a troca de veículos. O veto sobre a venda digital também caiu.

Agora, a assinatura eletrônica avançada está autorizada para contratos de compra e venda de veículos. Na prática, isso reduz a dependência de cartórios e reconhecimento de firma presencial. Além disso, as plataformas digitais serão homologadas pelos Detrans, garantindo validade jurídica.

Quando começa a valer nova lei do exame toxicológico?

Não há período de carência longo. As medidas entram em vigor assim que forem publicadas no Diário Oficial da União (DOU), o que deve ocorrer nos próximos dias. Se você vai dar entrada na CNH, prepare-se para a nova etapa. De um lado, a promessa de um trânsito mais “limpo”. Do outro, uma habilitação  cada vez mais inacessível para o trabalhador.

Você concorda com o Congresso que a segurança justifica o custo ou acredita que o exame para categorias amadoras é apenas mais uma taxa para pagar? Comente aqui!

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Entrar no canal do Whatsapp Entrar no canal do Whatsapp
Kawane Licheski
Escrito por

Kawane Licheski

Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.