Quanto vai custar tirar a CNH sem autoescola? Descubra possíveis valores
CNH sem autoescola pode custar 80% menos! Veja simulação de valores, taxas obrigatórias que restam e a guerra judicial que vem por aí
A aprovação do Contran para o fim da obrigatoriedade das autoescolas promete uma revolução no seu bolso. Com a promessa do Governo Federal de reduzir em até 80% os custos, fizemos as contas na ponta do lápis para mostrar qual pode ser o novo valor da habilitação.
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Autoescolas deixam de ser obrigatórias
A principal justificativa para a mudança radical nas regras da CNH é financeira. Hoje, tirar a habilitação no Brasil pode custar até R$ 5.000 em alguns estados. Com a nova resolução, que deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias, o maior vilão do orçamento será eliminado: as aulas obrigatórias.
Atualmente, cerca de 63% do valor total gasto pelo aluno vai para pagar as 20 aulas práticas e o curso teórico nas autoescolas. Veja algumas mudanças:
- Antes: 20 horas/aula práticas + 45 horas teóricas (pagas);
- Agora: apenas 2 horas/aula com instrutor autônomo + Teórico gratuito online (oferecido pelo Ministério dos Transportes).
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Quanto vai custar tirar a CNH sem autoescola?
Para entender a economia real, vamos usar os dados de Belo Horizonte (MG) como referência, onde os custos são bem detalhados. Hoje, a média cobrada em BH é de R$ 2.255,99. Desse total, cerca de R$ 1.748 são gastos apenas com as aulas da autoescola (R$ 1.426 de direção + R$ 322 de legislação).
Ao remover a obrigatoriedade desses pagamentos, o candidato passaria a arcar apenas com as taxas estatais e exames. Se a regra estivesse valendo hoje em Minas Gerais, o custo fixo seria:
- Taxa inicial: R$ 110,62;
- Exame médico: R$ 221,85;
- Psicotécnico: R$ 221,85;
- Licença de aprendizagem: R$ 82,97;
- Taxas de provas (teórica + prática): R$ 221,24;
- TOTAL ESTIMADO: R$ 858,53
Ou seja, é possível que o valor final fique abaixo de R$ 1.000, dependendo de quanto o instrutor autônomo cobrará pelas 2 horas de aula prática obrigatória restantes.
Guerra jurídica: autoescolas vão ao STF
Se para o consumidor a notícia é excelente, para o setor de Centros de Formação de Condutores (CFCs) é um desastre. Entidades como a Feneauto e a CNC (Confederação Nacional do Comércio) já se mobilizam para tentar barrar a medida.
O setor recorreu à Câmara dos Deputados e promete levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando inconstitucionalidade e riscos à segurança viária. Portanto, apesar da aprovação do Contran, uma batalha judicial pode travar o início da vigência.
A redução de custo é brutal, mas as autoescolas dizem que o trânsito ficará perigoso. Você acha que vale a pena pagar menos ou a formação atual é indispensável? Deixe sua opinião abaixo!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.

